Phil Spencer quer acabar com os jogadores tóxicos
Em nome de uma melhor indústria.
Phil Spencer, patrão da divisão da Xbox da Microsoft e uma das principais figuras pela recuperação da marca após a controvérsia gerada na apresentação da Xbox One, afirmou que é preciso acabar com a postura tóxica que existe actualmente.
Durante a sua apresentação na DICE, Spencer disse que passou os últimos quatro anos a trabalhar para implementar um melhor ambiente, com maior capacidade de inclusão, mas que é preciso toda a indústria trabalhar para o mesmo objectivo.
"Para fazermos o nosso melhor trabalho, precisamos que o nosso ambiente de trabalho funcione bem. Se isso falhar, tudo o resto cai por terra," disse Spencer.
Relembrando o estado da sua equipa em 2014, após o lançamento da Xbox One e da sensação que era preciso mudar, Spencer admite que podiam ter feito melhor e por isso mesmo meteram mãos à obra.
"A equipa estava mesmo muito mal. Não fizemos o nosso melhor no lançamento da Xbox One. A quota de mercado afundou. Era doloroso ler os cabeçalhos. A equipa pensava que a liderança estava surda em relação ao que os nossos clientes esperavam de nós."
"Precisávamos de um reinício. A moral estava em baixo. Continuamos a falhar grandes tendências. As lutas e rivalidades eram tão famosas que as pessoas gozavam com isso. Seria engraçado se não fosse verdade. Pressionámos refrescar em tudo, um repensar e reconstruir compreensivo da nossa cultura."
"É incrivelmente lento e doloroso fazer com que todos aceitem e admitam que têm os seus próprios partidos. É preciso empenho para ouvir e aprender. Temos de manter esta transformação pois sabemos que nos permite trabalhar no nosso melhor. Isto significa todos os géneros, todas as capacidades e etnias de todos os locais. Esse é o nosso objectivo," disse Spencer sobre a criação de uma postura em que se torne natural aceitar os outros.
Spencer diz que o mais importante, especialmente como líder, é admitir que foi cometido um erro para que possa ser corrigido, para que no futuro possam melhorar a postura. Primeiro é preciso ouvir, perguntar aos mais calados o que pensam, ouvir todas as opiniões. Isso exige erradicar o comportamento tóxico que assola esta indústria.
"O comportamento tóxico não magoa apenas o indivíduo, magoa toda a indústria. Temos que perguntar a nós próprios, 'Estou a construir mundos onde todos podem crescer e alcançar mais?' A cultura pode ser a ferramenta que nos permite realizar o verdadeiro potencial e poder dos videojogos," disse Spencer.
"O momento para acertar a nossa cultura é precisamente agora. É a nossa crescente responsabilidade criar jogos para todos. A representação não é apenas bom senso comum; é bom sentido de negócio."