Picross E3 - Análise
Novos puzzles mas o mesmo modelo.
O famoso jogo de puzzles da nipónica Jupiter regressa à Nintendo 3DS para mais uma evolução, a terceira, dando assim origem ao título Picross E3. Há um bom número de fãs deste título exclusivamente digital, disponível através da Nintendo eShop, o que desde logo acaba por justificar nova entrega, um ano depois de terem lançado título similar. Se ainda não conhecem as regras e os puzzles de Picross, este jogo pode tornar-se numa oportunidade para ficarem a conhecer uma centena e meia de novos puzzles bastante viciantes. Mesmo que tenham experimentado as versões anteriores, a nova fornada de folhas quadriculadas torna apetecível o investimento adicional, ainda que a apresentação, estrutura e modo de apresentação do jogo seja demasiado idêntica ao título anterior.
A Jupiter optou por manter-se fiel à estrutura do jogo, entregando puzzles simples e vocacionados para jogadores menos experimentados e desconhecedores, mas também disponibiliza os habituais modos normal, livre e extra com conteúdo suficiente para prolongar a experiência por várias horas. Alem disso, o novo modo Mega Picross e os seus mega números, acrescentam novas regras e incrementam a exigência na resolução dos puzzles. No entanto, a diferença para os jogos anteriores é quase nenhuma. Se contam adquirir este jogo com a ideia de encontrar um jogo diferente ou com outra estrutura, esqueçam.
Para quem não sabe, o conceito é bastante simples, embora seja suficientemente complexo a fim de tornar o jogo estimulante para o cérebro. Cada puzzle é apresentado em forma de uma grelha, à volta da qual são colocados certos números que representam o número de casas que deverão preencher nessa linha. À medida que vão preenchendo os espaços e assinalando com uma cruz os espaços entre as casas, usando a stylus como se estivessem a trabalhar numa folha de papel, uma imagem vai ganhando forma sobre a grelha. Assim que completarem o puzzle, toda a grelha dá lugar a uma imagem tridimensional, ainda que tosca, dado que se trata de um desenho quadriculado. O desafio deste jogo está em descobrir a ordem certa das casas. Além disso, há um relógio que marca o tempo gasto até finalizarem o puzzle, o que significa um bom pretexto para voltarem a jogar mais tarde e baterem o recorde.
A dificuldade vai sendo maior à medida que aumenta o tamanho das grelhas e é maior o número de casas a preencher por linha, o que vos obriga a fazer algumas contas e a tentar preencher espaços sem ter a certeza de ser essa a sequência correcta de cruzes ou casas. Muitas vezes é necessário fazer um preenchimento virtual de outras linhas relacionadas com a que nos encontramos a preencher, como forma de prevenir certos erros e é aí que se perde mais tempo a resolver o puzzle. Tal como no jogo anterior, é possível fazer uma pausa e até gravar a progressão, continuando mais tarde.
A partir daqui não há mais novidades a registar a não ser o novo modo Mega Picross que acrescenta mais algumas regras, designadamente a colocação de números (mega números) que servem duas linhas e que representam as casas a distribuir. Se trabalhar numa linha é complicado, descobrir as casas a preencher por duas linhas, é mais difícil. Além disso, o desafio vai sendo maior à medida que as linhas são maiores e os números mais pequenos, obrigando a um esforço mental redobrado e a trabalhar com mais incerteza. Ainda assim, os fãs vão apreciar este novo modo.
Apesar de ser praticamente o mesmo jogo da anterior edição, Picross E3 merece a consideração dos fãs, especialmente por apresentar 150 novos puzzles. Talvez a Júpiter venha a lançar mais tarde um jogo em formato físico que represente uma compilação destas evoluções. Quem não conhece o jogo tem aqui uma óptima oportunidade para descobrir este peculiar puzzle, bastante viciante, embora os seus méritos sejam os de testar o raciocínio rápido.