Picross E7 - Análise
Tirar a stylus presa ao ouvido.
Ainda com o jogo Picross 3D Round 2 a desafiar para uma partida rápida, eis que a Jupiter acaba de lançar mais uma edição do jogo de puzzles através de imagens, no qual uma grelha com números é substituída por um quadro, assim que estiver terminada a partida. Há muito que a Jupiter vem desenhando novas versões do já reconhecido Picross E, agora na sétima iteração, mais uma vez na portátil da Nintendo. A Jupiter lançou o primeiro jogo em 2011 e desde então todos os anos faz um novo jogo.
No enfiamento dos passatempos como palavras cruzadas, Sudoku e outros jogos de raciocínio rápido que era e ainda é habitual encontrar nas últimas folhas dos jornais, Picross é ideal para aguçar a mente quando se está num compasso de espera. Um jogo simples, de realização rápida, que tanto vai dos puzzles mais simples aos mais complexos. A Jupiter não muda muito na apresentação e design. É do mais básico que vão encontrar, sem grandes aptidões visuais mas um compromisso muito sólido nos puzzles, como se de um novo bloco se tratasse.
Quem jogue a Picross E fá-lo porque sabe o que esperar. As regras, na sua grande maioria são as mesmas de edição para edição, e salvo Picross 3D Round 2 que mudou a forma de jogar graças à perspectiva, nesta série tudo se mantém. Não é um jogo diferente dos anteriores. Não esperem novas novidades a não ser mais puzzles. O objectivo é muito simples, aliás, o jogo volta a mostrar um segmento de aprendizagem que aviva a memória dos mais desatentos ou esquecidos e expõe de forma muito convincente o básico para começar a operar depressa e com sucesso. À volta de uma tela quadriculada existem números. Cada número significa o número de espaços que deverão ser preenchidos. Os outros são assinalados com um x e não implicam penalizações caso sejam marcados fora do sítio. Mas o preenchimento dos espaços é só um (terá de ser o correcto), pelo que terão de acertar sob pena de serem penalizados em tempo. Algumas colunas são preenchidas na quase totalidade (ou de forma automática com ajuda), o que dá logo um ponto de partida ideal para começar a resolver as restantes colunas. O jogo incita à velocidade e à resolução breve, mas sejam cautelosos, pois os descuidos são suficientes para acabarem com um tempo muito elevado. Cumprido o puzzle, a grelha dá lugar a uma imagem pixelizada de um determinado objecto.
Mas se as grelhas mais pequenas são as mais simples, a situação torna-se mais complexa quando são apresentadas grelhas de grande dimensão e vários números dentro daquilo que o jogo designa como Mega Numbers para o modo Mega Picross. Com números para duas colunas, as hipóteses de preenchimento dos espaços são maiores, o que incrementa a dificuldade. Podem desactivar a ajuda, sem a qual não é possível o preenchimento automático de uma coluna ao começar. Mas tenham em consideração que o tempo total de resolução é de 60 minutos.
A opção Micross, presente nas anteriores edições, não acrescenta diferenças. Neste modo terão que concluir várias grelhas dentro de uma maior por forma conseguirem revelar a imagem final. A Jupiter acrescentou um bónus sob a forma de puzzles especiais para quem tenha jogado as versões anteriores. Não é um acrescento de monta mas sempre incrementa o número de desafios caso sejam leais à série. De resto, estamos perante um jogo em tudo idêntico aos anteriores, apenas com novos puzzles. Se isso é suficiente para convencer os veteranos, só o gosto pela resolução destes puzzles o dirá, caso desconheçam a série, não vos incomode a apresentação simples e procurem puzzles com uma estrutura algo invulgar, Picross E7 é uma boa forma de passar o tempo enquanto aguardam pela chegada do metro, do autocarro ou aguardam por um atendimento numa qualquer loja do cidadão.