Pilot Wings Resort

A avioneta (qual paixão de Porco Rosso) é um dos aparelhos inicialmente disponíveis. Normalmente levanta voo a partir do mar, mas a sua especialidade reside na capacidade de efectuar disparos e na hipótese de ganhar mais velocidade (turbo), garantindo, dessa forma, alguma velocidade extra, embora o aparelho gere maior imprevisibilidade no momento em que é chamado a curvar. Desde logo estas duas funcionalidades cruzam-se com a particularidade de algumas missões. Para cada competição há um tempo limite, pelo que convirá ter sempre alguma velocidade e, outras vezes, terá de se disparar na direcção de balões ou de alvos colocados em zonas específicas de Wuhu Island, tudo em prol da melhor pontuação. Por último os botões L e R podem ser utilizados para que o aparelho descreva uma curva quase de forma automática.

O propulsor, é um engenho a motor colocado nas costas da personagem e que funciona através de dois jactos que podem ser direccionados para comandar verticalmente ou horizontalmente a personagem, permitindo, em combinação, uma gestão cuidada na movimentação e direcção escolhida. É muito semelhante ao homem foguete. A capacidade de propulsão está dependente do combustível armazenado, mas será possível reabastecer nalguns pontos intermédios.

Por último, a Asa-delta. Esta aeronave está sobretudo dependente das massas de ar quente que permitem ao aparelho escalar os céus e ganhar novo sustento, de modo a possibilitar novas descidas e maiores velocidades. Uma das preocupações a ter em conta é a manutenção de uma certa velocidade, assim como a aterragem é mais apertada em termos de oportunidade.

A jogabilidade rivaliza com propostas do tipo arcade. Bastante simples e com uma margem de adaptação muito curta, é verdade que bem cedo o jogador sente-se preparado para a longa demanda do modo missão (o modo livre permite explorar a ilha a seu bel-prazer). Assim, sobre Wulu e a partir de mais pequenas ilhas envolventes, abrem-se pistas e muitas secções aéreas com mangas que devem ser almejadas dentro de um tempo limite, obtendo um máximo de pontuação. No final a contabilidade é efectuada considerando os objectivos principais, balões colhidos, entre outros extras e, claro, a qualidade da aterragem. Quanto melhor foi a pontuação, maior será a probabilidade de coleccionar um total de 3 estrelas por missão. Diga-se que para aceder a novos campeonatos o jogador terá de angariar um mínimo de estrelas por cada classe.

Globalmente as missões repartem-se em igual número pelos aparelhos de voo disponíveis, considerando a entrada por vezes de alguns aparelhos como o avião a jacto, mais nervoso e difícil de controlar, assim como o fato de esquilo. Esta constante articulação dos diferentes aparelhos de voo permite reforçar a estrutura da campanha com missões que abrem sempre margem para uma corrida diferente da anterior, contribuindo para um ritmo bastante positivo.

A grande variedade de missões ajuda a pôr em destaque muitos pontos da ilha (poderão revê-los no modo de livre exploração), ainda que os obstáculos estejam organizados numa perspectiva aérea, levando o jogador a disparar em alvos (ao centro a pontuação será máxima) passar entre anéis, rebentar balões e até tirar fotografias a 3 dimensões para ver em 3D mais tarde. Estas são apenas algumas das tarefas intermédias a executar na melhor forma possível antes de fechar a missão com uma aterragem que se pretende cirúrgica e cuidadosa.

Sendo um dos jogos com mais forte impacto em termos de utilização dos efeitos tridimensionais, bem visível na forma como as máquinas se mantêm no ar, especialmente quando entram em curva, só se lamenta que não tenham acrescentado opções para mais jogadores por via de ligação local ou em rede. Não obstante a dedicação por inteiro ao "single player", Pilot Wings Resort propõe imensos desafios para percorrer e uma demanda que incentiva à constante superação.