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PlayStation All-Stars: Battle Royale - Antevisão

Diversão descomprometida para aquecer as jogatanas em grupo.

PlayStation All-Stars: Battle Royale tem a difícil tarefa de promover a compra da PlayStation Vita por parte daqueles que têm uma PlayStation 3 ou vice-versa (embora o primeiro caso seja mais comum), sendo um dos poucos jogos com a possibilidade de cross-buy a chegar neste final de ano. A proposta da Sony, que consiste em receber a versão PS Vita do jogo gratuitamente na compra da versão PS3, é aliciante, mas será que é algo justificável? Será que PlayStation All-Stars: Battle Royale é experiência compatível com o espírito de uma consola caseira e portátil?

Para minha surpresa, a resposta é sim. Durante a Eurogamer Expo a Sony demonstrou que as funcionalidades cross-platform e cross-play de PlayStation All-Stars: Battle Royale fazem todo o sentido e são mais que uma demonstração tecnológica para mostrar o poder da marca PlayStation. Era possível tanto jogar no Dualshock 3 ou usar a Vita como um comando para a PlayStation 3. Tanto podíamos olhar para a televisão LCD para jogar ou virados para o ecrã da Vita. O mais impressionante aqui, é que a olho nu não é percetível qualquer diferença gráfica.

As capacidades gráficas da PlayStation 3 não estão, claramente, a ser puxadas ao limite, como acontece nos jogos da Naughty Dog, pelo que só desta forma é que o visual apresentado pode ser igual em ambas as plataformas. Não quer isto dizer que PlayStation All-Stars: Battle Royale seja fraco neste departamento. Tem carisma que sobre, o que é uma consequência natural dos cenários emprestados dos vários jogos da marca PlayStation.

Como é um jogo simples, PlayStation All-Stars: Battle Royale joga-se sem dificuldade numa portátil, e quem estiver a jogar na PlayStation 3 não terá nenhuma vantagem. É um jogo fácil de perceber. Só existem três botões para atacar, um botão para saltar e outro para esquivar. Isto significa que a ausência dos dois gatilhos inferiores da PlayStation Vita não é sentida, beneficiando o cross-platform e cross-play.

O carisma dos lutadores foi captado com sucesso, e cada um deles apresenta ataques únicos e imediatamente reconhecíveis para quem conhece os seus jogos. Apesar de cada um deles ter apenas três ataques (ou quatro, se contarem com o o ataque especial), é mais do que suficiente para este estilo de jogo. Desta forma, há um equilíbrio entre os muitos lutadores. Nenhum deles é mais poderoso que o outro, impedindo personagens como Kratos de esmagar completo Toro ou outra personagem mais fraca.

Os combates são estupidamente frenéticos. Com quatro jogadores a jogar em simultâneo é uma festa. Mas com tanta coisa a acontecer ao mesmo tempo, o jogo pode-se tornar confuso. É difícil acompanhar quem está a ganhar e quem está a perder. A vitória não é alcançada de forma tradicional. Cada combate tem um cronómetro em contagem decrescente, e quando o cronómetro chega fim, o jogador que tiver feito o maior número de mortes vence.

A diversão é mesmo o ponto central de PlayStation All-Stars: Battle Royale, perder ou ganhar acaba por não ter grande interesse, pelo menos, foi o que eu senti. Para uma noitada com os amigos ou com a família, sejam mais novos ou mais velhos, é um jogo ideal. Este é outro ponto de vantagem frente a outros jogos, PlayStation All-Stars: Battle Royale agradará a gregos e troianos. Não é um jogo que cria uma divisão entre jogadores "hardcore" e casuais, é um jogo para ser jogado por todos.

Como os cenários são dinâmicos, surgindo plataformas para as quais podemos saltar durante os combates, PlayStation All-Stars: Battle Royal é mais do que carregar em três botões para atacar. Há uma dimensão estratégica, ainda que suave, que privilegiará quem dedicar mais horas ao jogo. Para quem tem receio, ou simplesmente não está disposto a aventurar-se num jogo como Street Fighter ou Blazblue, que querem saber mil e uma coisas e muita dedicação, PlayStation All-Stars: Battle Royal é o jogo perfeito.

PlayStation All-Stars: Battle Royale não se caracteriza por ser aquele jogo em que ouvimos comentários do tipo "brutal, fantástico, excelente", mas quando começamos a jogar, diverte de uma forma que outros títulos não conseguem, sendo capaz de suscitar gargalhadas e uma competitividade saudável.

A meio dos combates surgem no meio dos cenários itens que os lutadores podem apanhar, basta pressionarem R2 na PlayStation 3 ou gatilho direito na PlayStation Vita. Estes itens podem ser uma bazuca ou uma lança com laminas de ambos os lados. Os itens não duram para sempre, tendo um número limitado de utilizações. Mesmo apanhando primeiro o item que os outros jogadores, estes podem roubá-lo se vos deitarem ao chão.

PlayStation All-Stars: Battle Royale não se caracteriza por ser aquele jogo em que ouvimos comentários do tipo "brutal, fantástico, excelente", mas quando começamos a jogar, diverte de uma forma que outros títulos não conseguem, sendo capaz de suscitar gargalhadas e uma competitividade saudável. Não é um título obrigatório, mas não ficará mal em qualquer prateleira.

Estou perfeitamente ciente que PlayStation All-Stars: Battle Royale está longe de ser inovador, e já são esperados os comentários de comparação com Super Smash Brawl da Nintendo, mas como diz o ditado, "A imitação é a melhor forma de elogio", e quando se imita o que é bom, sem querer mexer muito na fórmula, o resultado só pode ser algo igualmente bom. Ademais, já era altura da PlayStation ter um jogo deste género.

PlayStation All-Stars: Battle Royale é mais uma adição de qualidade ao catálogo da PlayStation 3, que vai continuar a crescer durante o próximo ano, e PlayStation Vita, que bem precisa de mais títulos como este para dar impulso à compra da consola. O meu parecer pessoal é, se eu fosse comprar uma PlayStation Vita nos meses seguintes, não deixaria PlayStation All-Stars: Battle Royale. escapar.

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