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Políticos britânicos questionam a CMA sobre o negócio da Activision

Querem entender o porquê do bloqueio.

Marcus Bokkerink e Sarah Cardell, os líderes da autoridade da concorrência no Reino Unido (CMA), foram questionados por membros do parlamento britânico sobre a sua decisão em bloquear a compra da Activision Blizzard.

Um dia após a decisão favorável da comissão europeia, membros do parlamento questionaram Bokkerink e Cardell sobre o porquê de tomarem uma decisão diferente dos investigadores europeus e se pensaram nos efeitos que a decisão terá para a reputação do Reino Unido.

Bokkerink respondeu que entende essa possível leitura da mensagem, "que quando é tomada a decisão de bloquear um negócio, existem questões se o Reino Unido está aberto para negócio. Todos os negócios sabem que existe uma grande diferença entre construir um negócio, investir num novo negócio, investir numa startup, criar um novo negócio, existe uma grande diferença entre isso e comprar uma companhia já estabelecida, bem estabelecida com posições estabelecidas. As duas não são a mesma coisa."

Bokkerink diz que o dever da CMA é encorajar mercados competitivos e estão vigilantes a investimentos que podem "consolidar um poder de mercado entrincheirado." Além disso, diz que a confiança no Reino Unido não fica enfraquecida, uma vez que estão a assegurar que não olham para o lado na hora de fusões "anti-competitivas".

Tal como aconteceu nos Estados Unidos, a Microsoft apelou à ajuda política no Reino Unido para causar pressão sobre as autoridades da concorrência, algo que está a acontecer pois diversos políticos temem que a zona possa perder interesse para companhias de tecnologia.

Cardell comentou que a CMA e a comissão europeia concordam com as suas preocupações sobre concorrência, mas ao contrário da CMA, a comissão europeia aceitou as cedências da Microsoft sobre os jogos na nuvem.

Além disso, acrescentou que é possível duas entidades diferentes chegarem a conclusões diferentes e relembrou que nos Estados Unidos a FTC pretende bloquear o negócio.

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