Prinny: Is It OK For Me To Be The Main Character?
Sim Prinny, não há problema.
Prinny é uma das personagens mais conhecidas pelos amantes de Disgaea. Uma das séries mais famosas, talvez mesmo a mais famosa, da produtora nipónica Nippon Ichi, que volta a aventurar-se na portátil Sony e oferece aquilo que pode ser considerado como a mais pura e entusiasmante euforia Japonesa em forma videojogável. Poderia Prinny ter sido realizado fora do Japão? Nós acreditamos que não e esse é mesmo um dos seus encantos.
Prinny é um pinguim e nós nada contra isso temos, pelo contrário, até apoiamos este aventureiro. No entanto não é um pinguim qualquer, não senhor. Este é um pinguim que enverga um cachecol vermelho, duas facas e ainda sabe usar alguns truques para derrotar quem quer que seja que lhe apareça pela frente. Acreditem que alguns dos seus inimigos não deixam de surpreender, mesmo quando estão à espera de tudo e qualquer coisa. Os fãs da série Disgaea certamente estão familiarizados com o design da Nippon Ichi e de todo o sentido estético que a companhia dá às suas criações mas é quase impossível não ficar espantado com a sua criatividade.
A demo disponibilizada dá-nos acesso a um nível completo, o jogo será composto por dez, sendo que todos vão decorrer num único dia. Este dia que promete ser como nenhum outro, até mesmo para estes pinguins habituados a coisas loucas, irá fazer com que enfrentem os mais incríveis perigos para que descubram quem roubou os doces da princesa Etna. A missão deverá ser cumprida com sucesso ou então seremos nós o alvo da raiva da princesa.
Original no mínimo e acreditamos que o argumento seja mais uma obra de genialidade vinda das mentes tresloucadas que nos deram Disgaea.
Prinny, ou os prinnies se preferirem, assume o papel de protagonista num side-scrolling de acção. Como já referido, o protagonista usa duas facas para desencadear nos inimigos todo o seu esplendor e pode ainda usar alguns truques especiais. As acções que podemos executar são completamente similares ao que podemos ver em jogos que se encaixam dentro deste género, saltamos, atacamos e ainda podemos agarrar objectos para derrotar inimigos. O pinguim também pode usar outros recursos e a dada altura, Prinny entra para dentro de um tanque que podem usar para derrotar mais facilmente os inimigos. Os apaixonados por jogos como Metal Slug certamente vão encontrar diversos pontos similares entre ambos.
Visualmente colorido e com o toque característico desta companhia, Prinny apresenta-se como um jogo muito agradável e divertido. Para além deste improvável protagonista, temos um leque de personagens bastante curioso e não fiquem espantados quando enfrentarem cenouras que correm furiosas na vossa direcção. A magia e encanto está mesmo aí, na loucura, originalidade e até improbabilidade que a Nippon Ichi confere a todos os seus jogos. É quase uma lufada de ar fresco ver que nos dias de hoje existem companhias que não tem medo em arriscar e se dignam a oferecer propostas para um público mais específico.
Isto porque mesmo para uma demonstração, com vidas infinitas, é possível constatar que Prinny não será um jogo nada fácil. Decorrendo de forma fluída e a bom ritmo, a junção entre inimigos e os obstáculos criados pelos cenários, garantem que este não seja um jogo no qual simplesmente possam caminhar em frente sem qualquer problema. Prinny promete um bom desafio.
Numa altura em que o revivalismo parece ser a palavra de ordem, a Nippon Ichi tem entre mãos esta preciosidade que para além de tudo o que oferece, parece encaixar na perfeição na consola para a qual se destina. Prinny já tem lançamento confirmado para a América e será com grande entusiasmo que aguardamos pela confirmação para a Europa que por muitos jogos possa vir a ter, não pode deixar passar ao lado um jogo com este potencial.