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Produções estão muito mais caras e exigem menor risco, diz produtor de Tekken

Relembra o desenvolvimento de Tekken 5.

Crédito da imagem: Bandai Namco

Tekken 5 foi lançado a 25 de fevereiro de 2005 para a PS2, data destacada por Katsuhiro Harada, produtor do jogo e da série Tekken, que decidiu comentar o quanto mudou na indústria ao longo destes 10 anos entre o lançamento deste clássico e o mais recente Tekken 8.

“Tekken 5!? Grrrrr estou a ficar velho! Na altura, estávamos a desenvolver software a dizer que colocaríamos tudo o que nos viesse à cabeça num disco,” começou por dizer Harada.

“Não tínhamos um plano desde o início, ao invés disso, o software era desenvolvido ao pensar nas coisas pelo caminho. Foi decidido desde logo que Starblade seria incluído como extra, mas o modo Devil Within e os modos de emulação arcade de Tekken 1, Tekken 2 e Tekken 3 foram desenvolvidos por uma decisão do momento.”

“Na altura, ninguém nos ralhava por prosseguir desta forma (éramos todos imaturos). Converter e desenvolver decorria num ritmo muito mais rápido com custos de trabalho muito menores do que agora (para nós e para os outros também).”

“Agora é completamente diferente. Tudo ficou enorme, os custos subiram a pique, e demora muito mais. Com os jogos a tornarem-se numa grande indústria, surgiram muitos acionistas.”

“Existem mais e mais ‘auto-proclamadas pessoas da indústria dos jogos’ e os executivos que não são criadores, que nem sequer têm experiência no desenvolvimento e não enfrentam as vozes da comunidade de fãs.”

“Agora que penso nisso, parece que a cada ano existem mais e mais pessoas que, quando tento fazer algo com uma ideia, me dizem ‘não faças isso apenas por uma ideia ou paixão’. Já fiz imensas coisas com uma ideia e é por isso que temos a fundação que temos hoje, mas parece que as pessoas sem experiência a criar coisas não compreendem isso.”

“Bem, o terreno tornou-se muito mais maduro. Ainda assim, não interessa o quão bem preparado e inteligente és, ninguém consegue garantir que um jogo terá sucesso até mesmo ao fim. Esta é a única coisa que não mudou.”

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