Produtor e diretor de Final Fantasy 7 Rebirth discordam sobre o termo "JRPG"
Um gosta, o outro não.
Após décadas a usar o termo "JRPG" para descrever os RPGs desenvolvidos no Japão e ostentam esse tão acarinhado sabor japonês, a indústria descobriu recentemente que nem todos os criadores japoneses gostam de ver o seu trabalho diferenciado pelo "J" em "RPG".
Naoki Yoshida, produtor de Final Fantasy 16, confessou recentemente que se sentiu desconfortável com o uso do termo e a diferenciação feita com os trabalhos japoneses. Eventualmente, foi-lhe explicado que é usado com uma conotação positiva e acabou por entender, mas preferia que não fosse usado pois os jogos são RPGs.
Em conversa com o The Guardian, obrigado ao TechRadar, Tetsuya Nomura e Yoshinori Kitase, diretor criativo e produtor, respetivamente, de Final Fantasy 7 Rebirth, manifestaram a sua opinião sobre o termo "JRPG" e mostram opiniões diferentes.
"Não gosto muito. Quando começámos a fazer entrevistas para os jogos que estava a criar, ninguém usava esse termo, eram chamados de RPGs. Depois, a dada altura, não me lembro exatamente quando, as pessoas começaram a chamá-los de JRPGs," disse Nomura.
"Não sei ao certo qual a intenção disso. Sempre senti que é um pouco estranho e errado. Nunca o compreendi ou sequer o porquê de ser necessário."
Kitase comentou que entende e nem sequer o vê como algo negativo, "penso que nos videojogos modernos, os títulos desenvolvidos no ocidente são a maioria. Por isso, JRPG é usado apenas para diferenciar, talvez demonstrar uma abordagem ligeramente diferente aos jogos ou um sabor único em termos dos jogos feitos no Japão, não tenho qualquer problema com isso."
Final Fantasy 7 Rebirth chega a 29 de fevereiro de 2024 para a PS5.