Produtoras enganam os jogadores com as moedas digitais, acusa organização europeia
Pede mudanças na indústria.
As companhias que trabalham nos videojogos estão a violar as leis europeias ao manipular os gastos dos jogadores através das moedas digitais que podem comprar nos seus jogos, acusa uma organização europeia.
A Organização Europeia do Consumidor e outras organizações similares em 17 países, apresentaram um documento chamado “Game Over”, no qual apresentam o que consideram ser “práticas injustas” das companhias responsáveis por jogos como Fortnite, EA Sports FC, Minecraft e outros mais.
Neste documento, acusam as companhias de se aproveitarem das moedas digitais para incentivar o jogador a gastar mais dinheiro sem o consumidor perceber o verdadeiro custo dos itens digitais, o que até o pode incentivar a gastar mais. Além disso, afirma que não é correcto dizer que os jogadores preferem moedas digitais premium, e menciona condições injustas que favorecem as produtoras.
O documento alerta ainda para os possíveis riscos de colocar crianças perante estas moedas digitais, especialmente porque 42% dos 50 jogos mais jogados em 2023 apresentam moedas digitais premium. Desses 21 jogos, 8 foram classificados para maiores de 12 anos.
O objetivo é alertar para estas práticas, exigir maior transparência das produtoras, e trabalhar em melhores leis que controlem o que é feito a nível das moedas digitais premium nos videojogos.
Uma das formas é acabar com as moedas digitais premium e apresentar sempre as compras em dinheiro real, mas também exigem que as leis das compras sejam as mesmas que no mundo real.