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Professor Layton and Pandora's Box

Abrir a caixa de Pandora.

Existem poucos jogos que conseguem passar despercebidos revelando-se, posteriormente, uma enorme surpresa. “Professor Layton and the Curious Village”, lançado no ano passado, é um desses títulos. Devido ao seu enorme sucesso, este ano podemos contar com um novo episódio da série, intitulado de “Professor Layton and the Pandora's Box”, que gira em torno da caixa de Pandora e o mito de que quem a abrir morre instantaneamente.

Tal como no original, neste novo jogo teremos de ser os cérebros de professor Layton e do seu aprendiz Luke, de forma a avançar na aventura. Ao todo teremos algo como 150 puzzles, que, avisamos, não são pêra doce. Se jogaram o original então sabem como alguns destes podem ser uma verdadeira dor de cabeça, e começam logo no início, quando temos de investigar a morte misteriosa de Dr. Schrader, mentor de Layton.

Os filmes introdutórios num estilo anime são fantásticos.

Os quebra-cabeças passam por descobrir onde está um determinado objecto, sendo dada uma descrição como ajuda, arrastar e juntar blocos de modo a formar uma imagem, resolver equações e até mesmo preparar chá! No entanto, a produtora adoptou uma mecânica de auxílio, de forma a não ficarmos presos em certas áreas, havendo, portanto, uma ajuda preciosa denominada de “pistas”. Cada puzzle tem três pistas que podem ser fornecidas de modo a ajudar o jogador a resolver os mesmos. Para não tornar esta opção recorrente, em troca de cada ajuda é pedida uma moeda. No início são-nos dadas dez, mas poderão ser encontradas muitas mais pelos vários cenários, bastando explorar objectos, como marcos de correio, tocando nos mesmos com o “stylus”.

Cada quebra-cabeças tem um certo número de “picarates” associados, que são basicamente os pontos dados por resolvermos cada um dos puzzles. No entanto, se não conseguirmos resolver algum desafio à primeira, o número de “picarates” como prémio vai sofrer uma redução drástica. Como estes pontos servem essencialmente para desbloquear itens na secção “top secret” do jogo, se quisermos ter acesso a tudo o que o título pode oferecer, então é essencial tentar passá-los à primeira tentativa, até porque estes não têm um tempo limite para serem resolvidos.

Estão ainda disponíveis alguns mini-jogos graças a um hamster que nos é dado para cuidar. Desta forma, e tendo em conta as proporções algo exageradas do bicho, teremos de o ajudar a perder peso com os mais variados exercícios. Como agradecimento, o hamster vai servir, à semelhança do cão do jogo anterior, para detector de moedas.

Conseguem desvendar este puzzle?

Algo que é possível observar em “Professor Layton and the Pandora's Box” é que o estilo visual mantém-se inalterado, contendo cenários garridos inspirados nas cidades europeias do século XIX. As personagens pitorescas também estão de volta, algumas com grandes narizes, que são uma verdadeira delicia para os amantes deste estilo de desenho tipicamente Japonês. É também impossível ficar indiferente aos filmes introdutórios. São verdadeiros “animes” com grandes detalhes e bastante bem realizados, sendo estes também uma forma de tornar a aventura mais interessante e menos monótona.

Além do grafismo tipicamente japonês, a banda sonora não foge muito a este registo, com uma sonoridade em tudo semelhante às obras provenientes da Terra do Sol Nascente. A juntar a algumas faixas, ou não tivesse o jogo como local uma cidade europeia, estão os sons de acordeão, que fazem lembrar França. As dobragens, tal como já era de esperar, têm uma excelente qualidade, contribuindo ainda mais para a imersão na aventura.

“Professor Layton and the Pandora's Box”, o segundo jogo da série (o terceiro já está disponível no Japão), apesar de não ser uma revolução em relação à primeira aventura, promete fazer as delícias dos fãs, e vai estar disponível já no final deste mês, por isso contem com a nossa análise para breve.

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