Prototype 2
Protótipo radical.
Tendo sido considerado uma das novas propriedades intelectuais de sucesso nesta atual geração de consolas em alta definição, e com mais de dois milhões de unidades vendidas em todo o mundo, não é nada de admirar que nesta era das sequelas a Radical Entertainment tenha tido luz verde da Activision para um Prototype 2.
Foi precisamente para descobrir o que o estúdio está a fazer, para mostrar que o investimento é merecido, que estivemos na sua apresentação na E3 e enquanto apenas foi feita uma apresentação em versão pré-alpha, algo que foi especialmente reforçado para os visuais, isto é o protótipo de como Prototype 2 se vai apresentar e a própria Radical se diz ansiosa de ver o produto completo.
Após o anti-herói do primeiro, que podia dar pontapés em helicópteros, a Radical decidiu mudar o protagonista e agora vamos assumir o papel de Heller, um comum mortal que regressa à sua cidade após a devastação e infeção causada por Mercer e encontra a sua mulher e a sua filha mortas. Apostado em conseguir vingança contra Mercer, Heller vai-se deixar infeccionar para conseguir poderes e encontrar o protagonista do original e lhe ensinar que não pode fazer tudo o que quer, mesmo que possa dar pontapés em helicópteros.
A Radical começou a apresentação com um pouco de informação de fundo, como acima referido, e explicou que o jogo vai estar dividido em três ilhas, três zonas distintas. Esta New York Zero, a cidade afetada depois dos eventos do primeiro, está agora separada por uma zona vermelha, completamente infetada e controlada por Mercer e na qual as possibilidades de sobreviver são quase nulas. A zona amarela, na qual a infeção começou a aparecer e é uma espécie de cidade caótica na qual as pessoas vivem em tendas oprimidas. E por fim a zona verde à qual a infeção ainda não chegou mas as pessoas vivem oprimidas por uma força de vigília chamada Black Watch.
A Radical mostrou-nos como as zonas são diferentes em tudo, desde o ambiente e cores ao estado dos prédios e ao tipo de desafios que vamos encontrar. É como se existissem várias cidades dentro do mesmo jogo e não uma só. É parte de um dos maiores desejos da Radical, tornar a sequela muito mais diversificada, muito mais profunda e muito mais divertida.
A diversão vai continuar a reinar e o jogo vai na mesma ser uma espécie de recreio interativo no qual podemos fazer tudo o que queremos. Este novo personagem tem várias habilidades entre novas e algumas recuperadas de Mercer. Saltar grandes distâncias e planar para viajar rapidamente pela cidade, consumir pessoas e monstros para absorver poderes e informações, usar a sua lâmina para cortar membros dos inimigos, e claro, alguns poderes especiais como enviar uma espécie de braços em todas as direções e eliminar uma larga quantidade de inimigos ao mesmo tempo.
Para tornar tudo mais divertido e mais personalizado, a Radical decidiu alterar o esquema do primeiro, afinal não fazia sentido um personagem tão rebelde ter que seguir regras. Logo, Heller vai poder aceder aos camiões de informações da milícia para recolher informações sobre onde estão a decorrer as suas missões. Desta forma pode atacá-los ou sabotar os seus planos, conforme lhe melhor servir. O jogador pode decidir que missão quer seguir e ganha maior liberdade na forma como o jogo desenrola e não segue um guião pré-estabelecido.
A primeira missão que nos foi mostrada serviu para ver como o seu final pode ser variado consoante as decisões do jogador. Pode ser furtivo para alcançar o seu final ou então pode eliminar tudo ao estilo machão. A aproximação um adversário permite atacar com a adaga e Heller pode absorver informações que permitem avançar na missão e até assumir a aparência dos alvos. Caso seja preciso encontrar um alvo, Heller tem acesso a uma mecânica de caça que consiste numa visão em dourado que assinala os pontos de interesse, neste caso o alvo.
Ao completar missões, ou ao terminar o seu recreio talvez seja melhor dizer, Heller pode adquirir melhorias para os seus variados atributos e habilidades. São os perks da moda, para além da visão especial, como os mais atentos podem começar a se aperceber. Maior velocidade, maior força, novos ataques especiais e melhorias para a lâmina são alguns dos pontos com os quais podem contar durante o decorrer do jogo.
Igualmente importante são as novas missões secundárias que nos levam para covis infestados e nos quais temos que cumprir determinados objetivos de forma a adquirir mais melhorias. O esquema de controlo é bastante similar ao primeiro, pressionar rápido de botões para ataques físicos com os botões laterais a desencadear os ataques mais fortes e especiais. Prototype 2 apresentou-se como um jogo rápido e bastante similar ao primeiro mas a Radical ainda tem muito tempo pela frente para poder melhorar o jogo.
Algo que se nota de forma rápida é que tudo está ainda numa fase inicial de desenvolvimento, como os visuais que em nada surpreenderam, pelo menos a seu favor. Foi reforçado que muito vai ser feito e claro que o esperamos pois de momento é um jogo que em nada impressionada visual. Mesmo uma espantosa luta contra um adversário de maior envergadura parece pálida em comparação com o que vemos em outros jogos do género. A animação fluída e a velocidade rápida do jogo conseguiram provar bons pontos e esperamos pelo menos que seja dada maior personalidade à personagem já que raramente fala e parece pouco carismático.
Esta apresentação reforçou os valores da Radical que já nasceram com o primeiro Prototype, um jogo com imensa liberdade e com um mundo aberto para explorar. Um recreio para os que se querem divertir do stress do dia-a-dia e sem grandes compromissos. Esperamos que mantenha tal pois com a aposta na harmonização e simplificação dos processos pode chegar a bom caminho. Enveredar pela procura uma forma de divertir ainda mais os jogadores é de louvar e esperamos que tudo esteja pronto em 2012.