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PSPgo

Já testámos a nova PSPgo.

Não é novidade para ninguém que estamos na era das comunicações, onde os dispositivos portáteis são cada vez mais populares entre os consumidores. Actualmente, sendo estes computadores de dimensões reduzidas, telemóveis ou consolas de jogos portáteis, todos eles apresentam um vasto leque de funções que preenchem todas as necessidades multimédia das pessoas, como a possibilidade de correr jogos, música, filmes, fotos e internet. Apesar de no Japão esta tendência já estar enraizada há bastantes anos, principalmente com os telemóveis (10 anos à frente do seu tempo capazes até de substituir os cartões de crédito), só há relativamente pouco tempo é que esta tendência começou a ser adoptada pelos países ocidentais.

A Sony foi uma das primeiras empresas a levar mais longe o ideal de ter tudo concentrado num único aparelho com a PlayStation Portable, mas, na nossa opinião, devido a um mal aproveitamento das capacidades da consola, assim como da inclusão tardia da PlayStation Store, a Apple acabou por preencher e inovar este mercado nos últimos anos. Atenta a isso, a empresa nipónica resolveu criar uma nova consola, que não vem substituir o actual modelo da PSP, mas sim tentar cativar uma nova geração de consumidores que quer um centro multimédia não só para ouvir músicas, jogar ou ver filmes, mas para poder adquirir todos esses conteúdos digitalmente em qualquer lugar de forma espontânea. E assim nasceu a PSPgo.

Aqui está a PSPgo ao lado da irmã mais velha, 56% mais pequena e 43% mais leve.

Quando a Sony fez chegar até nós a consola, foi difícil esconder o entusiasmo (afinal é sempre bom desempacotar uma consola), e neste caso o que saltou logo à vista foi o tamanho da portátil, que não deixa de impressionar ao vivo. Das mesmas dimensões de um “smartphone”, é bastante prática para ser levada para qualquer lado, cabendo perfeitamente nos bolsos das calças por exemplo. Presente nas cores preto e branco, com uma camada brilhante, a consola apresenta um aspecto sofisticado e bastante resistente, sendo impossível passar despercebida.

No entanto, a verdadeira magia começa quando se desliza o ecrã para cima, que faz ligar o sistema. Este simples acto é bastante satisfatório, já que o painel oferece uma certa resistência, contribuindo para a sensação de robustez do aparelho. É também nesta fase que o jogador tem o primeiro contacto com a nova disposição dos botões adoptada pela Sony. Ao contrário dos anteriores modelos, apenas temos presentes o “D-pad”, botões de acção e o analógico, assim como o “start” e “select”, que pela primeira vez têm uma presença mais central, estando no lugar de um segundo manípulo. Isto quer dizer que os controladores do volume, brilho e o botão “PS” tomaram posições totalmente diferentes. Neste último caso, devido aos jogos que não necessitam de ter a consola aberta, o botão encontra-se colocado junto ao ecrã do lado esquerdo, enquanto os restantes estão no topo. Os gatilhos “L” e “R”, como já era de esperar, não sofreram qualquer tipo de alteração.

No entanto, sentimos que devido a alguns dos botões não estarem à vista, algumas operações simples ficam dificultadas, como a alteração do volume. Demos por nós várias vezes a tentar aumentar o som no botão destinado ao brilho ou até mesmo num dos parafusos existentes no topo. Claro que algumas horas de habituação resolvem o problema, mas no início não deixa de ser um pouco frustrante.

À excepção dos gatilhos, todos os outros botões sofreram uma redução no tamanho, algo que nós não achamos necessariamente mau, até porque de uma forma global, a consola é bastante mais confortável que as irmãs, em grande parte graças ao facto de ser mais pequena e adaptar-se melhor à forma das mãos e devido às tiras de borracha na parte de trás (muito bem implementadas, por sinal) que não deixam o sistema escorregar, algo bastante bom para aqueles momentos de grande nervosismo onde é impossível não suar. Devido à ergonomia, podem esquecer as sessões de jogo que acabavam sempre com uma grande dor nos polegares e palmas das mãos.