Quantos Youtubers já aceitaram dinheiro das editoras?

Quantos Youtubers já aceitaram dinheiro das editoras para criar vídeos para promover determinado jogo?

Para descobrir a resposta a essa questão o Gamasutra avançou com um inquérito no qual participaram 141 Youtubers com subscritores que variam entre abaixo de 5 mil e acima de 1 milhão. O propósito era tentar concluir se o facto de ter mais subscrições influenciava a decisão das editoras em oferecer dinheiro.

Reunidas as respostas, ficou claro que quanto maior o número de subscritores, maior será a probabilidade de uma editora oferecer dinheiro para cobrirem com conteúdo de vídeo um jogo do seu interesse.

No gráfico vemos que 98 porcento dos Youtubers com menos de 5 mil subscritores nunca receberam ofertas das editoras. Nos Youtubers com mais de 5 mil assinantes, a percentagem aumenta para 21 porcento.

Adiante, o site tentou saber quantos Youtubers estariam dispostos a aceitar dinheiro para promover um jogo. Dos Youtubers com menos de 5 mil subscritores, 64 porcento disseram que não estariam dispostos a tal, enquanto 36 porcento responderam que sim.

Num comentário, um dos participantes do inquérito comparou o Youtube a uma plataforma de relações públicas e não como "uma plataformas para críticas legítimas".

"Não ficaria surpreendido se os grandes Youtubers aceitasse dinheiro para cobertura. Nesse sentido estariam a oferecer um serviço aos produtores".

"Os vídeos do Youtube são, de certo modo, uma forma de publicidade, por isso faz sentido que a publicidade seja paga"

Contudo, outro Youtuber respondeu que depende da categoria. Se o Youtuber se auto-denominar como alguém que faz críticas a jogos (análises), então "não seria ético aceitar dinheiro". Por outro lado, se o Youtuber preferir vídeos "Let's Play", então "depende si mesmo se quer continuar transparente".

Dos que responderam ao inquérito, há quem diga que "os maiores Youtubers são principalmente bocas de relações públicas". Outro Youtuber disse que "os vídeos do Youtube são, de certo modo, uma forma de publicidade, por isso faz sentido que a publicidade seja paga".

Há quem defenda que aceitar dinheiro das editoras para promover dito jogo é uma forma de compensação.

"Nós, os criadores de vídeos, vivemos em tempos complicados. É esperado que o nosso trabalho seja gratuito. Os detentores de direitos não querem que monetizemos, ninguém gosta de publicidade, ninguém gosta de conteúdos pagos, mas investimos o nosso tempo livre na cobertura dos jogos que adoramos e queremos partilhar, servido de relações públicas para o jogo. Se um Youtuber pedir dinheiro para oferecer bons conteúdos não está errado, é uma compensação".

O tema é delicado. Por um lado parece justo que os Youtubers sejam compensados pelo seu trabalho e dedicação em construir uma base de seguidores, mas por outro, as editoras podem exigir que nada negativo seja dito sobre um dos seus jogos, limitando o conhecimento da audiência quanto às falhas.

Qual é a vossa opinião?