Razer Blackwidow X - Análise
O novo modelo aposta forte no design e qualidade dos materiais.
Durante muito tempo que a linha de teclados Blackwidow da Razer dominou o mercado dos teclados mecânicos. Hoje as alternativas de marcas concorrentes são diversas, mas recentemente a Razer contra-atacou com o novo Blackwidow X, um novo teclado mecânico que traz de volta uma opção muito valiosa para os adeptos de teclados mecânicos: as teclas Cherry MX. Para quem não sabe, a Cherry é a marca mais antiga de teclados que ainda continuar a operar. A sua linha de teclas Cherry MX existe desde a década de 80 e mesmo nos dias que correm continuam a ser populares.
Originalmente os teclados mecânicos da Razer vinham com as teclas Cherry MX, mas desde há uns anos que a companhia começou a fabricar a sua própria linha de teclas mecânicas e as Cherry MX desapareceram dos seus teclados. Embora a Razer afirme que as suas teclas resistem a 80 milhões de cliques (as Cherry MX resistem a 50 milhões), os fãs das teclas da Cherry não ficaram contentes com a troca. Enquanto isto, marcas rivais da Razer ofereciam a opção de comprar teclados com os Cherry MX e foi assim que a Razer começou a perder quota de mercado nos teclados mecânicos.
Uma das novidades do Blackwidow X é a opção de incluir as teclas Cherry MX Blue, que apesar de serem as mais barulhentas da marca, são as mais apropriadas para jogar. Melhor ainda, se optarem pelas teclas da Cherry, o preço do Blackwidow X desce consideravelmente. A versão do teclado que testámos foi o Blackwidow X Chroma, que custa 189 euros e vem obrigatoriamente com as teclas da Razer, n entanto, podem optar pela versão Blackwidow X Ultimate, que custa 119 euros e vem com as teclas Cherry MX Blue. A única diferença desta versão, para além das teclas, é a ausência da funcionalidade Chroma, que permite personalizar os efeitos de iluminação com 16.8 milhões de cores (as teclas da versão Ultimate contam com iluminação, mas a única cor é verde)
"Uma das novidades do Blackwidow X é a opção de incluir as teclas Cherry MX Blue"
No papel a diferença entre os dois tipos de teclas é praticamente inexistente. As teclas mecânicas da Razer têm uma distância de actuação de 1.9 mm e requerem 50 g de força. Para comparação, as teclas Cherry MX Blue contam com uma distância de actuação de 2.2 mm e 60 g de força. Em teoria, as teclas da Razer respondem mais rápido devido à distância de actuação menor e à força requerida, mas um utilizador comum terá dificuldade em reparar na diferença. Algo a realçar é que as teclas da Razer podem registar um atraso se a mesma tecla for pressionada rapidamente, sem dar tempo para que esta ascenda um pouco. Para escrever não é um problema, mas se precisarem de carregar furiosamente na mesma tecla enquanto jogam, poderão reparar num atraso de resposta.
Face ao modelo anterior da linha, o Blackwidow X apresenta algumas diferenças. Do lado esquerdo já não temos as Macros dedicadas, teclas que servem para activar sequências de acções. Por um lado é um aspecto negativo, já que as macros podem dar jeito em alguns jogos, mas por outro, permitiu à Razer apostar num design mais compacto e menos escandaloso. O Blackwidow X é um teclado com um formato apelativo e que assenta bem em qualquer secretária. Desligado passa por um teclado normal, mas quando ligado, os efeitos de luz Chroma, que permite que escolham entre 16.8 milhões de cores e diferentes efeitos, chamam a atenção.
Apesar do design mais compacto, este teclado é pesado e dificilmente sai do sítio onde foi colocado. Toda a base é uma peça de metal que está exposto e dá ao teclado um aspecto industrial. Os botões das teclas, que estão completamente expostos reforçam este sentimento. A exposição dos botões tornam as teclas extra-salientes e tornam a limpeza do teclado consideravelmente mais fácil, visto que podem soprar para expulsar a sujeira ou usar uma cotonete para o lixo mais agarrado. Por debaixo do teclado estão dois apoios que podem ser retraídos se preferirem jogar e escrever numa posição sem inclinação. Também existe um pequeno orifício para prender o fio USB, impedindo que se desloque indesejadamente.
O Blackwidow X tem sido o meu teclado diário desde que o recebemos e até agora não há razão para queixa. Seja para jogar ou para escrever, tem-se comportado lindamente. Todas as teclas ainda funcionam na perfeição e respondem ao mínimo toque, não mostrando qualquer sinais de desgaste. Como todos os teclados mecânicos, o toque nas teclas é mais barulhento do que um teclado normal. O barulho é uma questão de hábito, mas pode ser incomodativo se o usarem numa sala com outras pessoas.
Tal como todos os produtos da Razer mais recentes, o Blackwidow X tem suporte para o Razer Synapse, um software onde podem escolher várias personalizações para os dispositivos desta narca. No caso deste teclado, é no Synapse que podem escolher os efeitos de iluminação e os espectros de cor. Também podem criar diversos perfis de Macros e alterar individualmente a função de cada tecla. Existe ainda um modo de Gaming que desactiva as teclas do Windows e a combinação Alt + F4 para impedir que acidentalmente interrompam ou encerrem a janela do jogo.
O Blackwidow X é um teclado com um design excelente, compacto e apelativo, mas perdeu algumas funcionalidades úteis para os jogadores, como as teclas Macro dedicadas e a ausência de entradas USB, que estavam incluídas nas versões anteriores do Blackwidow. Se estas funcionalidades são importantes para vocês, a Razer continua a comercializar os modelos anteriores. Por outro lado, se dão mais valor ao design, o Blackwidow X é a escolha acertada. É o teclado mais bonito que já testámos da Razer, substituindo o plástico por metal, e não desilude, seja para escrever ou para jogar.