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Realizador de Deadpool fala da presença de Concord em Secret Level

Permiti conhecer o mundo idealizado pela Firewalk Studios.

Numa entrevista recentemente publicada pela Rolling Stone, Tim Miller, o realizador responsável por Deadpool e Love, Death & Robots, revelou pormenores sobre o seu novo projeto Secret Level.

Esta série de curtas-metragens de animação em CG, que estreia na Prime Video a 10 de dezembro, caracteriza-se por adaptar histórias de 15 videojogos distintos, incluindo clássicos icónicos como Pac-Man e Mega Man, bem como títulos modernos e independentes, como o jogo multijogador Concord, uma inclusão surpreendente.

A decisão de manter um episódio dedicado a Concord foi deliberada, mesmo depois do encerramento prematuro do jogo pela Sony semanas após o seu lançamento. Miller reconhece a ironia de adaptar um título que já não existe, mas vê a sua inclusão como um tributo ao talento e dedicação dos criadores da Firewalk Studios.

O episódio representa, segundo Miller, uma última oportunidade para o público conhecer o mundo e as personagens idealizadas pelos seus criadores. A série aborda uma visão alargada do fenómeno, destacando-se pela celebração dos videojogos como um conjunto diversificado de experiências narrativas e visuais, em que cada episódio explora um fragmento de vida em diferentes universos digitais.

“Não havia um grupo de produtores mais simpático e empenhado do que a equipa de Concord. Sinceramente, não percebo porque é que não funcionou. Sei que estavam a tentar fazer o melhor que podiam e que eram um grupo de artistas talentosos, por isso sinto-me muito mal por isso.

Não me sinto mal por fazer parte da série, porque acho que é um episódio que resultou muito bem e dá para ver o potencial deste mundo e das personagens. Se é o vestígio que resta desse produto, espero que as produtoras sintam que é de alguma forma digno, só um bocadinho, do sangue, suor e lágrimas que investiram nele.”

Miller explicou que Secret Level foi uma “epifania” inspirada no formato antológico de Love, Death & Robots, mas agora centrada na adaptação direta de histórias de videojogos para o ecrã. Esta estrutura permitiu a Miller a liberdade criativa para explorar diferentes estilos, equilibrando temas familiares de cada jogo com uma narrativa compacta que capta a essência de cada universo.

No entanto, o desafio era grande: para cada título, a equipa tinha de adaptar e condicionar anos de história e mecânica de jogo em curtas-metragens que mantivessem o espírito das franquias.

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