Passar para o conteúdo principal

Regressamos a Mega Man 7

Às aventuras do Blue Bomber, agora na 3DS.

Ainda com um certo amargo de boca depois do algo desapontante Mighty Nr. 9 (as expectativas eram altas), regressamos à base prática de Inafune, mais precisamente a Mega Man 7. É território hostil para quem nunca tenha conhecido esta mítica personagem dentro da sua era dourada para a NES. Estamos perante uma das séries mais difíceis, que sem parcimónia não tolera o mínimo deslize ou erro. Com edições incríveis na entronizada plataforma doméstica 8 bit da Nintendo, a gigante de Quioto propõe agora, sob a forma de edição portátil para a Virtual Console 3DS, o primeiro jogo da série Mega Man disponível na Super Nintendo.

Trata-se de um jogo lançado em 1995 e por isso substancialmente diferente dos anteriores. O maior processamento da consola fomentou gráficos mais cuidados, pormenorizados, embora na folha seja exactamente o mesmo modelo dos anteriores, algo que os fãs sabem de antemão e que não será obstáculo para os iniciados. Na 3DS, Mega Man 7 apresenta-se em sintonia com aquilo que vemos na SNES.

Este episódio acontece meses depois do final de Mega Man 6. Dr. Willy foi detido mas abriu uma nova ameaça provocada por uma série de robôs impiedosos. Caberá ao "Blue Bomber" repor a ordem num mundo voltado outra vez do avesso. A estrutura do jogo é a mesma: completam um segmento à vossa escolha e ficam na posse da arma do "boss". Não facilitem: Mega Man é hardcore, mas toda a acção tende a ser muito fluída, recheada de boas animações e jogabilidade muito sensível, que ao mínimo descuido não perdoa.

Ver no Youtube

A música é agradável e ainda encontramos níveis interessantes como o segmento nas nuvens (Cloud Man). A ordem pela qual completamos os níveis é feita à nossa escolha, mas há vantagens em realizarem uma campanha estratégica. Mega Man 7 é uma proposta clássica que ainda hoje mantém a sua validade e argumentos, especialmente se procuram uma jogabilidade "old school", altamente desafiante. É daquelas poucas séries que nos gratifica por não desistirmos. Por vezes com alguns picos de dificuldade bem altos de lidar, nunca ficam barrados no mesmo caminho, podendo escolher um percurso alternativo. Ainda que interessante graficamente, não me parece capaz de se situar no mesmo plano de qualidade das versões 8 bit, até porque são visíveis algumas quebras de "frame rate" e não é tão rápido como os anteriores.

Lê também