Resistance Retribution
Abrindo mãos para uma retribuição merecida.
Com lançamento agendado para o próximo dia 13 de Março, Resitance: Retribution vem colocar um meio-termo no desfasamento temporal que separa Resistance 1 e 2, ambos lançados para a Playstation 3. Tal como tem vindo a acontecer com tantos outros franchises, também Resistance chega agora à PSP, numa espécie de enredo paralelo à história principal. Contudo, esta aventura adivinha-se mais produtiva do que seria de esperar, desenvolvendo e acrescentando elementos a esta história numa perspectiva bem mais notória do que na maioria dos Spin-off’s.
Contrastando com jogos como Rachet ou Daxter, que foram recebidos na PSP como uma espécie de aventura alternativa, Resistance Retribution vem, em semelhança a God of War, narrar fragmentos que poderão dar outro sentido ao enredo. O rumo dos acontecimentos trazem-nos de volta para a Europa, onde James Grayson fará os possíveis para evitar a invasão Quimeriana, lutando essencialmente para destruir os centros de conversão Quimerianos. Posto isto, estaremos, por assim dizer, num jogo mais parecido a Resistance: Fall of Man a nível de organização e até mesmo no que toca à sua interface.
Numa Europa desolada que tenta evitar a total propagação do vírus quimeriano, é através de cenas introdutórias bem ao estilo do primeiro jogo que toda a acção é apresentada e desenvolvida em estilo de epopeia heróica. Desta vez os feitos narrados pertencem a Grayson, um soldado britânico que com o decorrer da propagação se viu obrigado a matar o próprio irmão. A ira em relação aos Quimerianos é o prato principal para a aventura, tornando-se a caça aos mesmos quase uma vingança pessoal. Seja através da sua postura mais agressiva ou do seu casaco que tem latente a ideia de uma “caça aos gambozinos”, desde logo se denotam as diferenças com Hale que, assentando numa postura hostil, sempre demonstrou uma relação misteriosa com os Quimeras.
Foi através da demonstração disponibilizada na Playstation Store que tivemos um razoável deleito sobre aquilo que será Retribution, pois é com expectativa que aguardamos esta nova incursão da série, especialmente porque sabemos como a Insomniac trabalha bem. Por outro lado, algumas reticências são colocadas pelo caminho, especialmente quanto à execução de algumas adaptações impostas pela consola portátil da Sony.
A grande mudança é mesmo a câmara que se situa agora na terceira pessoa. Nesta nova perspectiva existem duas miras possíveis. Caso pressionem o botão L terão total controlo da mira, utilizando os controlos do lado direito para colmatar a falta do Joystick direito, à semelhança do que acontece em jogos como Medal of Honor, por exemplo. Caso não o pressionem a mira será semi-automática, bastando um toque direccional para seleccionar um novo alvo. Facilmente se verifica que com esta nova jogabilidade tão pouco característica à série em nada beneficia a experiência de jogo. É mais um recurso do que uma opção, pois torna-se a única forma de adaptar a série à PSP tendo em vista as suas limitações.
Com isto perde-se em diversão. Os controlos são bons tendo em conta as possibilidades, simplesmente não oferecem a diversão e profundidade das versões caseiras, fazendo com que a nível de experiência videojogável Retribution beneficie essencialmente por pertencer à franquia Resistance. Está lá tudo, desde armas como as já conhecidas Bullseye, Carabina ou LAARK, até aos inimigos e suas diferentes mutações, contando até com algumas novas que não tivemos oportunidade de experimentar. Graficamente encontra-se ao nível do melhor que já se viu por estes lados, com cenários a ir de encontro ao que temos visto na série. As cut-scenes estão com um nível de detalhe incrível, possibilitando um melhor entrosamento na acção de jogo e no ambiente envolvente. É possível denotar algumas falhas a nível de IA até ao momento, com inimigos a disparar para localizações erráticas ou ainda uma deficiência na busca por nos matar, mas vamos esperar que tal seja rectificado para a versão final.
Decorrendo na Europa, teremos a oportunidade de assistir a vários sotaques, desde Grayson com o seu sotaque britânico ou ainda a sua colega com o típico sotaque francês. Espera-se ainda que algumas personagens de Resistance: Fall of Man marquem o seu regresso nesta aventura.
Resistance Retribution é o primeiro jogo da série a marcar presença na PSP e apresentará uma aventura situada algures entre os dois primeiros jogos. Adicionalmente, existirá ainda um modo online para 8 jogadores e estão prometidas uma data de funcionalidades em conexão com Resistance 2.