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Rhythm Paradise

Entra no ritmo.

Em Agosto de 2006 foi lançado no Japão para o Game Boy Advance Rhythm Tengoku que se tornou num dos jogos com mais sucesso, por ser inovador pois baseava-se em ritmo, acção e música, passados dois anos seguiu-se uma sequela, desta vez para a Nintendo DS, tornando-se no sexto jogo mais vendido no Japão em 2008. Agora em 2009, após tanto impacto no ocidente, chega a vez dos europeus terem a oportunidade de desfrutar desta divertida criação da Nintendo, desta vez com o nome Rhythm Paradise.

A publicidade foi associada à bela e famosa Beyonce, parecendo que estamos perante um jogo de componente musical, o que não deixa de ser verdade, mas na realidade Rhythm Paradise consiste num desafio onde o jogador é obrigado a seguir o ritmo tanto em situações básicas, como bater palmas, ou em situações invulgares como comer ovos a um ritmo certo para crescer o bigode. O mais importante é seguir o ritmo e de forma ágil fazer os movimentos que lhe são pedidos em cada mini-jogo, sendo por isso acessível a compreensão do conceito geral do jogo.

Podemos contar com 50 mini-jogos, divididos em 10 grupos com 5 mini-jogos cada, sendo que o último de cada grupo é um remix dos anteriores. Na primeira parte do jogo os desafios possuem um modo de treino para que o jogador se possa adaptar ao que é exigido, menos no remix, sendo que no final as ajudas desaparecem aumentando o nível de dificuldade, o que exige concentração embora o mecanismo do jogo seja aparentemente simples.

Vou fazer uma sopinha para a Beyonce.

A DS é virada como se estivéssemos a ler um livro, havendo a opção para canhotos, sendo os movimentos reduzidos a pequenos cliques e deslizes com a caneta no ecrã táctil. Baseados em conceitos simples os mini-jogos obrigam o jogador a exercitar a audição realçando a importância dos efeitos sonoros em pequenos pormenores. O jogo revela uma enorme criatividade e loucura dos produtores japoneses, sendo que o jogador pode contar com muita originalidade e diversão no uso do ecrã táctil.

A classificação divide-se em três patamares: Try Again, Ok e Superb, sendo que só as duas últimas dão acesso ao mini-jogo seguinte e por cada Superb que fazemos recebemos uma medalha o que nos dá a oportunidade de tentar o nível perfect, que com algum treino, concentração e ouvido afinado e fácil de passar.

Por vezes surgem momentos de frustração pois temos sempre de completar um mini-jogo para poder desbloquear o seguinte, aliando-se a isso a dificuldade dos desafios. Contudo ao fim de três tentativas falhadas o jogador é convidado a visitar o café, onde tem a oportunidade de escolher se quer repetir o desafio ou passar para o desafio seguinte, desaparecendo assim o risco de ficar preso no jogo. O café é um local de pausa, onde podemos obter informações sobre os jogos e ouvir musicas.

Temos de encher os robôs ao ritmo da música

O grafismo é único e original com traços simples, com uma vasta palete de cores. Os personagens são expressivos o que dá ênfase ao jogo. O original englobava essencialmente musicas J-Pop, que na versão Ocidental foram substituídas por temas cantados em Inglês, as batidas são rítmicas e bem concebidas.

Usando os Endless Games (jogo onde o objectivo é bater recorde anterior), Rhythm Toys (os objectos seguem os ritmos pretendidos pelo jogador) e Guitar Lessons (podemos produzir efeitos sonoros num concerto), é uma forma de aumentar a longevidade do jogo, embora haja sempre mini-jogos que nos dão vontade de repetir novamente.

Se procuram um jogo com ritmo que se ajuste às características de uma portátil como a Nintendo DS, Rhythm Paradise é um jogo único que consegue proporcionar boas horas de divertimento, sendo que a sua simplicidade cativa qualquer tipo de jogador.

8 / 10

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