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Ridge Racer 3D

Vai, vai, vai.

Ridge Racer chega à nova coqueluche da Nintendo como parte da primeira vaga de jogos da consola. Sem grande surpresa, pode ser considerado um dos jogos mais empolgantes disponíveis no lançamento da 3DS em terras lusas e certamente um jogo que os fãs não quererão perder. Isto porque é também esta a primeira entrada da série no mundo das três dimensões. Ridge Racer 3D é como que um apalpar de terreno – um teste às capacidades da consola – ou não fosse esta uma série já habituada a inaugurar catálogos de lançamento.

E existem aqui um punhado de ideias a reter. Como uma amostra daquilo que o 3D pode fazer em jogos de corridas, Ridge Racer é até o concorrente ideal para esse teste. É que o festim de cores e a quantidade de adereços presentes ao longo de cada pista torna justificável esta edição. São aviões, helicópteros ou zepelins que se atravessam ecrã fora, ou pequenas folhas, papeis e arrastos de luz que se fazem notar agora mais do que nunca. Obviamente não serão estes fatores determinantes na seleção de um jogo, mas quando o interesse no mesmo se fixa quase exclusivamente no frenesim da corrida, estes são alguns pormenores que saltam à vista.

Por isso digo que, à partida, um jogo de corridas também não seria o alvo mais interessante para pôr à prova esta coisa do 3D. No entanto acaba por ser uma experiência gratificante. Tanto que esse acaba por ser até mesmo o melhor atributo do jogo. Ridge Racer é aquilo que sempre foi, pouco muda. Será tão familiar aos fãs como qualquer outra entrada na série, o que chega a ser um dos seus maiores problemas.

O que de melhor faz é oferecer uma jogabilidade explorada pela presença do 3D, que consegue definitivamente ser um avanço no que ao ambiente do jogo diz respeito, graças a uma maior sensação de profundidade da pista ou uma verdadeira noção das linhas do carro. À parte disso é somente aquilo que poderiam esperar de um mesmo Ridge Racer numa nova consola. E mesmo assim não seria dos melhores. A jogabilidade segue a receita do costume, sem nada que enganar. É intuitiva quando dominada, mas tem no frenesim que proporciona a sua melhor qualidade. Corridas desenvolvem-se do oitavo para o primeiro lugar, partindo o jogador da última posição. Para chegar ao pódio, as derrapagens prolongadas ao longo das curvas serão a única forma de encher as botijas de nitro que serão úteis para dar um avanço em pista.

Os veículos disponíveis dividem-se entre 4 categorias diretamente ligadas à velocidade do bólide. Infelizmente é fácil constatar que os carros de cada categoria são nada mais do que variações de outras de categorias mais baixas. Um spoiler aqui, uma saia ali e pouco mais. Existem porém um ou outro exclusivos a cada categoria, que podem ser desbloqueados ou comprados com o progresso no jogo.