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Ridge Racer Unbounded - Antevisão

Um clássico misturado com a moda atual.

A série Ridge Racer é uma das incontornáveis nos videojogos, sendo quase sempre um jogo que marca o lançamento de novas plataformas. Este início do ano os fãs da série têm razões para sorrir (ou talvez não), pois são brindados com dois jogos, um para o lançamento da portátil PlayStation Vita e muito em breve o Ridge Racer Unbounded para as consolas Xbox 360, PS3 e PC.

Neste novo jogo, a série parece querer quebrar com o passado. A formula de Ridge Racer sempre foi muito simples. Corridas desenfreadas contra oponentes espalhados pelo circuito, cujo objetivo máximo é atingir a primeira posição, ultrapassando os adversários que aparecem pelo caminho. Para atingir esse objetivo temos que fazer uso, e no fundo abusar, das derrapagens que por sua vez recompensa o jogador com uma espécie de nitro, alcançando maior velocidade. Apesar de Ridge Racer Unbounded conter a mesma formula, tenta pescar para o seu lado diversas funcionalidades de outros jogos do género.

O jogo da Namco Bandai chegou até nós em formato de antevisão, cuja análise virá ainda durante este mês de março. Ridge Racer Unbounded coloca-nos dentro de um gangue cujo nome é Unbounded, e o nosso palco de recreio a zona fictícia de Shatter Bay, nos EUA. Aqui temos à disposição nove distritos onde se localização os eventos. No início temos os diversos distritos bloqueados, e para os poder desbloquear temos que amealhar pontos, vencendo eventos, ou atingindo uma posição que permita obter os pontos desejados.

No modo carreia não é obrigatório completar os eventos de cada distrito para podermos ter acesso aos restantes distritos. Existe um determinado número de pontos necessários, que normalmente permite abrir os distritos a seguir apenas por vencer um evento do anterior. Se terminarmos um evento em primeiro lugar ganhamos 10.000 pontos, 7.500 em segundo e 5.000 em terceiro.

Dentro de cada distrito temos à disposição diversos eventos, onde inicialmente apenas o primeiro está disponível. Temos assim que vencer evento atrás de evento para desbloquear os eventos seguintes. Apesar de conseguirmos pontos, os eventos são desbloqueados automaticamente, sempre de forma sequencial. Dentro de cada distrito temos sete eventos que variam de modo de jogo. Temos assim o "Domination Race" onde impera pontos de explosão, como atalhos, camiões e objetos, e podemos literalmente destruir os oponentes. O "Drift Attack" permite correr sozinho amealhando pontos apenas por fazermos "Drift", isto num limite de tempo. Já o "Shingo Racing" altera o modo de destruição do Domination para algo mais ao nível de jogo limpo. Aqui o objetivo é chegar em primeiro lugar, sendo a cor do nitro agora azul em vez de vermelho. O "Frag Attack" coloca o jogador literalmente contra os seus oponentes. Como o nome indica, aqui o principal objetivo é a destruição dos carros. Contem sempre que poderão ter uma surpresa da polícia de Shatter Bay. Por último temos o tradicional "Time Attack", onde podemos por exemplo ter que fugir a polícias ou correr em pistas com obstáculos. Pelo caminho encontrámos as moedas RR para aumentar o nosso tempo disponível para terminar a prova.

No fundo temos diversos modos de jogo que em nada são originais. Este talvez seja um dos principais problemas de Ridge Racer Unbounded. Desde o início que se sente que a Namco Bandai e o estúdio Bugbear Entertainment quiseram quebrar com o passado, mas ao mesmo tempo não livra o jogador de sentir o efeito Déjà vu. Aqui pela redação já apelidamos o Ridge Racer Unbounded de Ridge Racer Burnout, com misturas claras de Split Second e ainda Motorstorm. Apesar de não ser a versão final, muito do que foi mostrado dificilmente mudará, mas podemos ficar surpreendidos.

A nível gráfico a nossa sensação é de estarmos perante um Split Second, mas sem o mesmo grau de destruição. A ideia de termos uma personagem associada ao modo carreira, de seu nome Kara Shindo, não representa nada para o jogo, pois não existe qualquer tipo de história ou enredo de ligação entre os eventos. É terminar cada um na melhor posição e passar para o seguinte.

O multijogador será uma das componentes mais importantes.

Em cada evento podemos escolher entre diversos veículos, sendo que muitos estão bloqueados. Como é costume nos jogos de Ridge Racer, o realismo não entra na equação. Os carros são fictícios, tendo por base o design de automóveis conhecidos, tais como Mustang ou Lamborghini. Depois de escolhermos o carro, apenas temos que escolher a cor e toca andar. De realçar que cada carro tem características distintas. Uns são mais fortes, outros têm melhor condução e outros são mais rápidos. Ao todo temos cinco classes de carros, que são "street", "race", "super", "Shindo" e "special".

Uma das principais novidades de Ridge Racer Unbounded é o seu fator de destruição. Existem pontos específicos no cenário que poderão ser destruídos, ou que podemos passar por eles, até paredes. Mas temos que ter cuidado pois precisamos de "Power", que é o nosso nitro e força de combate. Se não tivermos a barra cheia de "Power" e formos contra uma parede, é morte certa. O mesmo acontece com os pontos de destruição, como camiões cisterna, ou locais com explosivos. O "Power" também pode ser usado para podermos aumentar a nossa velocidade e destruir os adversários. Pelo caminho é possível destruir partes das cidades, como colunas de pontes e viadutos, ou zonas habitacionais. Aqui o poder dos nossos carros por si só basta, levando-nos a pensar se estamos a conduzir um carro ou um tanque.

A criação de novos circuitos está presente em Ridge Racer Unbounded na forma de eventos dentro de uma cidade. Aqui podemos configurar os eventos de acordo com as regras pré-estabelecidas nos eventos do modo carreira. Podemos escolher o modo de jogo, a altura do dia, se temos transito ou não, qual a dificuldades dos carros conduzidos pela IA, o tipo de classe de veículos, etc. Este é no fundo o modo básico, onde podemos depois criar os nossos circuitos. Quem quiser ter maior liberdade de criação pode optar pelo modo avançado, onde percorremos literalmente o circuito em modo 3D e mexemos em particularidades tais como que objetos, caixas ou obstáculos que estão no circuito. No modo mais simplificado apenas construímos os diversos blocos do circuito, desde curvas, retas, viadutos, pontes, mas sempre dentro de um limite de complexidade.

Ridge Racer Unbounded apesar de não ser uma revolução no género poderá continuar a agradar os fãs de longa data, adicionando coisas novas, onde se destaca o modo de criação de circuitos. A versão final dará certamente mais espaço para podermos tirar uma conclusão definitiva, nomeadamente testar todos os modos de criação, ver a sua complexidade e ainda os modos multijogador. Ridge Racer Unbounded chega no dia 30 de março.

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