Riot Games pagará 100 milhões de dólares em processo por discriminação de género
A produtora de LOL foi acusada de discriminação e assédio sexual sistémico.
Riot Games, a empresa por trás do popular MOBA, League of Legends, anunciou esta segunda-feira que irá pagar 100 milhões de dólares num processo colocado contra a empresa por discriminação sexual.
De acordo com informações partilhadas no The Washington Post, o processo foi apresentado por dois antigos trabalhadores da empresa, Melanie McCracken e Jess Negrón, que alegavam discriminação de género, bem como assédio sexual e má conduta na Riot Games.
"Este é um grande dia para as mulheres da Riot Games - e para as mulheres em todas as empresas de videojogos e tecnologia - que merecem um local de trabalho livre de assédio e discriminação", disse o advogado das vítimas. "Agradecemos a introspeção da Riot e o trabalho desde 2018 para se tornarem numa empresa mais diversificada e inclusiva."
É importante notar que este assunto ganhou uma maior dimensão depois do Kotaku publicar um "exposé" sobre uma cultura de sexismo na Riot Games, onde se pedia às funcionárias em entrevistas de emprego para serem "jogadoras acérrimas" e jogadoras de League of Legends. No artigo, as mulheres disseram que foram recusadas por não atenderem a estes critérios durante o processo de contratação.
A empresa afirma então que vai pagar $80 milhões aos membros do processo, que engloba todas as funcionárias e ex-funcionárias em full-time e contratações por agências de trabalho temporário na Califórnia que trabalharam de novembro de 2014 até hoje.
Uns $20 milhões adicionais serão usados para pagar aos advogados e outras despesas diversas, disse a Riot Games num comunicado.
Num esforço para impulsionar a transparência e a responsabilidade, a Riot também se comprometeu a ter os seus relatórios internos e processos de equidade de pagamento monitorizados por um entidade à parte aprovada conjuntamente pela Riot e pelo Department of Fair Employment and Housing da Califórnia por três anos.