Rise of the Argonauts
Deuses e heróis num mundo mitológico.
Com tão fraca qualidade a nível gráfico seria de esperar um jogo com um “frame-rate” bem aceitável, engano nosso, é incrível falta de fluidez em determinadas zonas, ficamos a olhar para o ecrã a tentar vislumbrar o porquê de tão baixo “frame-rate”. Escusado será dizer que não encontramos qualquer justificação para tal, o que nos leva a concluir que o problema é originado apenas e só pela má programação.
Mas discorramos agora um pouco sobre o que este RPG de acção nos tem para oferecer em termos de jogabilidade. Rise Of The Argonauts assenta as suas bases na exploração do meio, seguindo um caminho linear no que toca ao nosso objectivo principal, embora tenhamos, como é óbvio, outros mais secundários que nos permitem adquirir mais experiência.
Existem várias formas de adquirir essa experiência, combates, adoração aos Deuses, cumprimento de “quests” e até a natural evolução do jogo permite-nos evoluir na nossa caminhada até nos tornarmos num dos guerreiro mais temidos. A experiência vai permitir ao nosso herói desbloquear novos movimentos para as suas armas (espada, lança, maço e escudo), à medida que vamos avançando na nossa jornada vamos substituindo o nosso arsenal, novas armas significam mais poder e novas habilidades. Os Deuses também oferecem novos poderes, os “God Powers”, que podem ser utilizados através do D-Pad.
Durante a nossa jornada somos acompanhados por mais heróis, que nos ajudam nos mais diversos desafios (Hércules, Atalanta, Pan e Aquiles). Seria interessante se pudéssemos trocar de personagem mas tal não acontece, estes heróis agem por vontade própria e são úteis em determinados momentos do jogo.
Rise Of The Argonauts é daqueles jogos que nos deixa um sabor amargo que jamais olvidamos. É incrível a caricata movimentação da nossa personagem, quer quando caminhamos pelos cenários ou quando estamos em combate. Os ângulos de câmara, principalmente durante as batalhas, não podiam ser piores, por vezes até chegamos a ficar desnorteados.
Outro problema que afecta particularmente a jogabilidade é o interface do jogo, um dos exemplos mais marcantes é a ausência de um “mini-mapa”, sempre que queremos saber para onde nos deslocar temos que aceder ao menu principal do jogo. Mas o pior ainda está para vir, mesmo com o mapa à nossa frente a ausência de funcionalidades do mesmo torna a nossa tarefa ainda mais árdua, a ausência de um simples zoom torna a sua visualização num autêntico desafio. São estes problemas demasiado básicos que por vezes deitam por terra todo o potencial que um título possa ter.
Rise Of The Argonaut prometia muito mas pouco ou quase nada ofereceu, graves problemas técnicos deitaram por terra todo o seu potencial. Uma fraca componente visual, sonora e artística colocam este jogo num patamar que inicialmente nunca ser esperaria. É desolador constatar que um argumento rico e interessante pode resultar num jogo que transpira mediocridade por todos os poros.