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Risen 3: Titan Lords - Análise

Do Mar ao Submundo.

Risen 3 - Titan Lords é o 3º jogo da série de pirata desenvolvida pela Piranha Bytes, que tem como personagem principal o filho do, já falecido, Capitão Steelbeard. Não seria o Risen se a sua primeira cena fosse algo que não uns piratas a procura de um tesouro. Mas não se trata de uns meros bandidos do mar, a história desperta em Crab Coast com mais uma busca dos filhos do lendário Steelbeard que, tentando antecipar-se a outros piratas e combatendo as criaturas da ilha, tentam alcançar um tesouro.

Encontramos visões do Ghost Captain, o pirata fantasma que não abandona os sonhos da nossa personagem principal, durante toda a busca que, acaba com a “morte” do filho do Steelbeard. Porém, esta morte é apenas temporária, pois 3 semanas depois o pirata é reanimado pelo seu futuro camarada Bones que lhe informa de que a alma dele terá sido levada para o Submundo.

É aqui que começa a verdadeira aventura onde o filho do Steelbeard viaja por diferentes ilhas, tentando juntar uma tripulação para enfrentar os navios fantasmas e recuperar a sua alma. Durante o jogo, teremos de nos juntar a uma das três fações, não podendo pertencer a mais do que uma em simultâneo. Podemos dominar a magia dos cristais, caçar demónios ou aniquilar os inimigos com a ajuda da magia voodo, sendo que a escolha de cada fação vai influenciar todo o jogo, desenvolvendo diferentes habilidades e tendo acesso a diferentes equipamentos

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The Guardians

Tendo gnomos a trabalhar como mineiros, esta fação usa os cristais extraídos das minas como fonte principal da sua magia. Os Guardians, por sua vez, são soldados que protegem os magos que, em troca, partilham a sua sabedoria, ensinando-lhes um pouco do seu poder sobrenatural. Depois de ajudar o General Magnus em algumas tarefas poderás juntar-te aos Guardians, começando como Cadet e podendo evoluir para receber novos equipamentos e usufruir de outros benefícios, tendo também acesso a toda a magia dos cristais!

Demon Hunters

Calador, esquecida pelos Deuses esta ilha do noroeste do mundo do Risen 3 é o habitat natural dos Demon Hunters que, liderados pelo druida Eldric, procuram alcançar um mágico livro que contém os mais fortes feitiços alguma vez criados. O druída convida-nos para sermos Dark Warriors e recuperarmos as nossas forças iniciais se, em troca, ajudarmos na busca deste mágico livro que ele tanto procura alcançar. Sendo um Demon Hunter, tal como nas outras fações, teremos habilidades únicas e exclusivas como, por exemplo, teleportarmo-nos durante combate para usufruir de ataques mortíferos nas costas do adversário. Pertencendo a esta fação podemos, também, ter acesso a equipamentos com poderes especiais.

Voodoo Pirates

Ao ajudar os seus membros a reencontrar o contato espiritual com os seus antepassados, podemo-nos juntar a esta tribo e aperfeiçoar o shaman que temos dentro de nós. Com o conhecimento voodoo poderemos derrotar os nossos inimigos usando, apenas, a nossa mente. Em contrapartida, poderemos usar estes rituais para transportar a nossa mente para o corpo de um alvo e usá-lo em nosso favor para as mais variadas missões e objetivos. É essencial mostrarmos a nossa coragem e sabedoria para pertencermos a esta fação.

Passamos toda a nossa vida a aprender e o Risen 3 difere pouco neste preciso aspeto. Ao longo de todo o jogo encontramos várias personagens que têm algo para nos ensinar (em troca de dinheiro, claro), podemos aprender novas técnicas de combate, desenvolver a espionagem e até obter várias profissões. Poderemos obter ouro do trabalho mineiro, aprender a técnica da destilação para elaborar bebidas que nos vão curar ao longo das batalhas e evoluir todos os conhecimentos para um nivel mais elevado. Mas para evoluir esses conhecimentos teremos, também, de evoluir os atributos da nossa personagem que foram praticamente anulados após a sua morte temporária. O sistema de evolução dos atributos é bastante simples: é preciso ganhar glória, que aumenta exponencialmente, para evoluir cada atributo e, por sua vez, a gloria é adquirida através da liquidação dos inimigos e das missões que completamos ao longo do jogo. Dependendo da nossa escolha nas evoluções, podemo-nos tornar um mestre da espada, um caçador profissional ou desenvolver as nossas capacidades mágicas.

O mundo do Risen 3 é bastante amplo e diversificado, contendo vários perigos em todas as suas ilhas a quais poderemos facilmente chegar com a ajuda do pequeno barco do camarada Bones. Cada ilha, por sua vez, não é assim tão grande como pode parecer à 1ª vista, sendo que os locais das missões são bastante acessíveis se forem realizados pela ordem correta. Se, por acaso, pretendermos atravessar toda a ilha, poderemos fazê-lo, facilmente, com a ajuda das Teleporting Stones que vamos encontrando durante o jogo e que podem ser colocadas nos seus lugares específicos, facilitando a deslocação por todo o mapa. Porém, a exploração do mapa é, por vezes, perigosa de mais, visto que podemos deparar-nos com criaturas que são demasiado fortes para nós no dado momento. Teremos, então, de voltar mais tarde para uma luta mais equilibrada.

Pouca evolução gráfica é notória do último Risen, as personagens continuam bem, mas não muito desenvolvidas. Sendo que o melhor aspeto gráfico do jogo é capaz de pertencer às criaturas com que nos deparamos na selva. Esperava-se um melhor aspeto gráfico, principalmente após ouvir as vozes da personagem que, a meu ponto de vista, são a única parte do jogo que não nos deixa adormecer ao longo de todos os longos discursos com que nos deparamos. Principalmente a voz do nosso primeiro camarada Bones, que quase nos obriga a soltar um sorriso cada vez que ele abre a boca não só pela sua voz, mas também pelas barbaridades que diz ao longo da nossa caminhada pelo mundo do Risen. Porém, a qualidade gráfica é algo que nos passa ao lado quando o filho do Steelbeard tira a sua espada, o combate do jogo é algo que deixa muito a desejar e é, sem dúvida, o ponto mais fraco do jogo. O combate que deveria ser o mais diversificado possível e dar prazer aos jogadores é, pelo contrário, monótono de tal forma que, a certa altura do jogo, preferimos deixar a luta de lado ou, por sua vez, partir para as armas de fogo ou outras formas de dano. O combate limita-se a dois movimentos simples que são repetidos inúmeras vezes e, também, ficamos sem noção do que nos rodeia cada vez que desviamos minimamente a câmara.

Sacred 3 - Titan Lords é um jogo com uma história interessante e com um mundo que, apesar de enorme, é acessível e de memorização fácil. Porém, torna-se extremamente complicado concentrarmo-nos no jogo com um combate tão pobre, visto que a maior parte do jogo consiste em lutar. Os gráficos e as técnicas de luta são, sem sombra de dúvida, os primeiros pontos que deverão ser restruturados caso a série tenha uma continuidade.

6 / 10

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