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Samurai Warriors 3

Acção com limites.

Samurai Warriors 3 é, como o nome indica, o terceiro jogo da série a cargo da Koei e o segundo a ser lançado para a Wii. O primeiro foi Katana mas, não fazendo parte da trilogia, vamos partir do principio que este é o primeiro. De uma forma muito concreta, penso que é imperativo salientar que os dois primeiros jogos repartiram os seus lançamentos por entre plataformas como a Playstation 2, PC e Xbox.

Assim sendo, e olhando para o esquema de controlos implementado no jogo, não consigo encontrar uma explicação para a repentina dedicação à consola da Nintendo. É que em lado algum são utilizados controlos por movimentos e, ainda para mais, os controlos padrão – utilizando o WiiMote e NunChuck – são simplesmente ridículos. Safa-se a opção de utilizar os comandos clássicos. Por outro lado não é preciso muito para perceber que este jogo é um bom exemplo do velho ditado “muita parra e pouca uva”. É verdade que os menus são bonitos e as (poucas) Cutscenes apelativas. É verdade que existem muitos modos de jogo e opções de cooperação. Mas quando a mecânica de jogo falha…

A receita é básica: o jogador é colocado no meio de um cenário aberto à exploração e daí para a frente tudo o que tem a fazer é derrotar os inimigos que lhe aparecem à frente. O problema é que de exploração tem zero, sobrando apenas a chacina característica aos jogos Hack and Slash. O jogador terá assim um botão dedicado aos ataques com a arma principal, outro para um poder especial e outro ainda para um atributo característico à personagem em utilização. Existe um enorme plantel de personagens e cada uma delas tem um arma e poderes específicos.

Podem assim contar com alguns modos de jogo distintos. O modo história conta as vivências de diversas personagens como pretexto para colocar o jogador no terreno. Não esperem nada de muito complexo mas, como disse, sempre se safam as Cutscenes. Depois existe um modo livre, que é igual ao primeiro mas que permite que o jogador escolha qualquer terreno para derrotar inimigos intuitivamente de modo a evoluir as personagens.

Existe ainda um modo com contextos históricos no qual podem criar uma personagens para lutar e evoluir, ou ainda um outro modo de jogo mais virado para a exploração que permite que se juntem 2 amigos via ligação Wi-Fi. Mais uma vez, é como digo, existem muitos modos de jogo e muito conteúdo. Contudo, na prática, rapidamente vão descobrir que aquilo que fazem é sempre o mesmo.

Quando colocados no meio de um determinado cenário é ainda possível chamar um cavalo para percorrer mais avultadas distâncias. Algo que se revela bastante irrelevante já que raras são as vezes em que conseguem andar mais do que 50 metros sem que vos apareça um punhado de inimigos pela frente. O que até nem é mau de todo – sempre é da maneira que tem algo para fazer. Porém rapidamente irão constatar que aquilo que fazem é sempre o mesmo. Vezes e vezes sem conta.

Porém aquilo que dá alguma satisfação são mesmo as enormes hordas de inimigos, chegando a aparecer acima de 30 no ecrã ao mesmo tempo. Não faz disto uma tarefa difícil, até porque estes são meio burros a nível de inteligência artificial e raras não serão as vezes em que abandonam o combate ou sentam-se de pernas abertas no chão. Ainda assim é divertido.