SBK X: Superbike World Championship
Simulação ou Arcade?
Com um mês de Maio recheado de grandes lançamentos, o pessoal tem tendência a esquecer-se de jogos menos publicitados como é o caso de SBK X: Superbike World Championship. Depois do lançamento de MotoGP 09/10 em Março por parte da Monumental Games, agora é a vez da Milestone lançar o seu próximo título baseado nas corridas de competição mundiais de Motociclos.
Logo no menu principal repara-se que o jogo quase se desdobra em dois jogos completamente distintos, isto graças aos dois tipos de modos apresentados: Arcade e simulação. Após experimentar ambos, as diferenças entre eles saltam imediatamente à vista. Um apresenta físicas realísticas em que cada movimento tem que ser meticulosamente calculado, enquanto o outro, é puro irrealismo em que o objectivo é oferecer diversão àqueles que nunca se interessaram pela simulação.
No Arcade o destaque está no modo história, em que criámos um piloto com as típicas opções existentes, nome, número, capacete e pouco mais que isso. O objectivo aqui é simples, subir nas distintas classes de motociclos ganhando tudo o que nos aparece pela frente. Curiosamente, nas corridas deste modo, obter a primeira classificação raramente é necessário. As coisas que temos de fazer são, por exemplo, ficar determinados segundos à frente de um adversário ou alcançar determinada posição com danos mecânicos em algumas partes da mota. Outra curiosidade aqui, é que não iniciamos as corridas da forma típica, as corridas começam já a meio ou por vezes na penúltima ou última volta.
A jogabilildade arcade é mesmo isso, puro arcade. As preocupações são inexistentes, podem fazer curvas apertadas a 250 quilómetros por hora enquanto o pneu detrás desliza sem perderem o controlo da mota e caírem. Façam o que fizerem, cair da mota e não alcançar a primeira posição é uma tarefa quase impossível, mesmo para quem nunca experimentou um jogo destes.
Na simulação as coisas ficam muito mais sérias e complicadas. Mesmo no nível mais baixo de simulação a dificuldade é elevada. Em simulação completa conseguir fazer uma série de curvas sem sair da pista ou cair é uma vitória. Parece que sentimos realmente o peso da mota ao virar, e se não tivermos cuidado as quedas vão ser muitas, e como aqui os danos mecânicos da mota marcam presença, isso significa uma baixa na performance da mota, o que aumenta ainda mais a dificuldade. Tudo tem que ser cuidadosamente previsto, a velocidade e o ângulo ao entrar numa curva são factores importantes a ter em mente.
Os ferrenhos da simulação vão-se “babar” com o modo carreira. Antes das corridas, somos encaminhados para a oficina, onde podemos alterar as configurações da nossa mota. É impressionante o número de coisas que podemos mudar em cada componente mecânica, é ver para crer. Se não estiverem interessados em adaptar as definições da mota a determinada pista, (ou simplesmente não perceberem nada disso, como é o meu caso), é só falar com o vosso engenheiro e encarrega-lo dessa tarefa. As condições climatéricas também influenciam a jogabilidade. Antes de seguirem para cada corrida, devem averiguar a humidade, temperatura do ar e temperatura do asfalto.
A nível gráfico necessita de ser polido. Mais detalhes, principalmente nos pilotos e respectivas motas, seriam uma boa adição à versão final. Apesar dos danos mecânicos serem uma realidade, os danos visuais não existem. Contudo, o desgaste visual no asfalto, e o público e vegetação em três dimensões são aspectos positivos.
SBK X: Superbike World Championship vai ser lançado no final de Maio, mais precisamente no dia 28. Para quem gostar de Super Bike e de simulação, aparenta ser uma compra obrigatória. Esperemos pela versão final para tirar mais conclusões.