Senador dos Estados Unidos apresenta proposta de lei para estudar o efeito de jogos violentos nas crianças
Acusa as grandes companhias de fazerem milhões a venderem conteúdos violentos aos mais novos.
Um senador dos Estados Unidos, Jay Rockefeller, apresentou um projeto de lei para investigar o impacto dos jogos violentos nas crianças.
Esta proposta chega menos de uma semana depois do incidente na escola elementar de Sandy Hook, em que um jovem de 20 anos armado entrou na escola e matou vinte crianças e seis adultos, suicidando-se de seguida.
A seguir ao massacre, vários tablóides, como o The Sun e The Daily Express do Reino Unido, noticiaram que o jovem tinha uma obsessão com Call of Duty: Black Ops e Dynasty Warriors.
Sobre a sua proposta, o Senador disse que "As grandes corporações, incluindo a indústria dos videojogos, faz milhares de milhões em marketing e a vender conteúdos violentos às crianças. Eles têm a responsabilidade de proteger as nossas crianças. Se não o fizerem, podem contar com o Congresso para tomar um papel mais agressivo".
Se aprovada, será organizada uma investigação para verificar o resultado de expor crianças a conteúdos violentos e as consequências que daí advém. Dada a interactividade e imersão dos videojogos, a investigação também deverá estudar se os filmes violentos têm um efeito diferente.
O senador não quer mostrar desrespeito para com os jogos violentos, mas sublinha a necessidade da National Academy of Sciences investigar sobre o assunto.
"As alterações na tecnologia permitem às crianças aceder a conteúdos violentos online com menos envolvimento parental," apontou o Jay Rockefeller.
Uma companhia que recentemente alterou as suas regras para impedir que as crianças possam aceder a conteúdos violentos foi a Nintendo. Em território Europeu só é possível aceder a conteúdos +18 das 23 horas da noite às 3 horas da matina.
O que muitos se parecem esquecer é que os jogos têm uma classificação etária, e se as crianças conseguem ter acesso e comprar jogos violentos, é porque receberam o dinheiro para tal de um adulto, provavelmente dos seus progenitores.