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Sengoku Basara: Samurai Heroes

Irreverente dinâmica samurai.

Há cerca de um mês o Japão recebeu Sengoku Basara 3 e para não cometer os mesmos erros do passado, a Capcom vai em breve lançar na Europa Sengoku Basara: Samurai Heroes, o mesmo jogo mas sem o número para evitar confusões. Isto porque apenas o primeiro jogo da série saiu do Japão, com o nome Devil Kings, e com várias modificações ao argumento que retiram muita da envolvência histórica que o caracterizava no país de origem.

Para mostrar o seu empenho para com a série, o lançamento Ocidental tem data marcada e uma demonstração jogável foi agora disponibilizada para todos experimentarem e ganharem uma pequena noção de que é feito Sengoku Basara.

Como em quase todos os géneros e séries, obviamente que em muito ajuda um mínimo de familiaridade ou interesse para com ambos mas no género hack and slash tal é ainda mais importante. Todos os que tiveram de alguma forma um mínimo de contacto com a série, quer seja em forma de jogo ou até pelos desenhos animados, vai facilmente enquadrar-se no universo especial que aqui é apresentado pois mais do que samurais, estes personagens são mesmo heróis.

O encanto da série Sengoku Basara reside na forma como aborda e usa acontecimentos e personagens reais da história Japonesa e os molda para servir a experiência em forma de videojogo. Assim sendo, a série, e o jogo, decorrem no chamado Período Sengoku, que começou em meados do século XV e decorreu até ao início do século XVII.

As duas figuras principais do jogo e da demo.

Este foi o período mais conturbado na história Japonesa durante o qual o país ficou dividido em vários pequenos estados que lutavam entre si. Como tal, no jogo temos diferentes clãs com os seus desejos e propósitos específicos e cada uma com as suas figuras principais e assistentes. Reza a história que seria Leyasu Tokugawa a unir o país como um só, precisamente uma das figuras de destaque do jogo e da demo.

Como se fosse o sol que ilumina o caminho da esperança para o futuro do Japão, Tokugawa vai usar os seus punhos para derrotar os inimigos enquanto que Mitsunari Ishida, o outro personagem jogavel e de destaque no jogo, representa como que um futuro negro, repleto de ódio para o Japão já que ele é motivado pela sede de vingança contra Tokugawa. É este usar e moldar de elementos reais e históricos que oferece à série um toque especial e que na demo podemos conhecer um pouco já que o nível de Ishida recria uma das batalhas históricas mais importantes e todas as batalhas são recriações de acontecimentos reais.

Dizer hack and slash é automaticamente dizer pressionar incessante e furioso dos mesmos botões mas Samurai Heroes apesar de não romper propriamente com algumas das críticas mais frequentes ao género, consegue em perspectiva introduzir elementos e assumir uma personalidade que o pode destacar dos demais, especialmente tendo em conta que o género nesta geração continua representado por títulos que em nada parecem querer evoluir. O esquema continua fiel a si mesmo, martelamos os mesmos botões incessantemente mas a velocidade a que tudo decorre e o dinamismo da acção é altamente bem-vinda e torna o jogo instantaneamente numa das mais interessantes propostas da geração, senão mesmo a mais interessante.