Shogun 2: Total War
O regresso à origem.
Quem é fã de jogos de estratégia em tempo real certamente deve adorar a série Total War. O jogo que deu o arranque da série foi Shogun: Total War, lançado no início do milénio. Após o lançamento do primeiro jogo, a série continuou com Medieval: Total War, Rome: Total War, Medieval II: Total War, Empire: Total War e mais recentemente Napoleon: Total War. Dez anos após o começo da série, a The Creative Assembly decidiu voltar aonde tudo começou, e foi assim que surgiu Shogun 2: Total War, o regresso da série às suas origens.
A Eurogamer Portugal teve o privilégio de viajar até Londres aonde tivemos a oportunidade de conversar com os produtores de Shogun 2: Total War para sabermos todas as novidades desta nova entrada na série.
O objectivo para Shogun 2 é criar um jogo imensamente melhor que o primeiro, com as tecnologias actuais a equipa está apta para implementar ideias que não eram possíveis na época devido às limitações tecnológicas. Outras das intenções é atrair novos jogadores para a série e continuar a agradar os fãs tradicionais. Para conseguir alcançar isso, tudo foi simplificado, desde a interface até aos controlos de batalha. Apesar da sua simplificação, o jogo continua com uma profundidade e complexidade incrível, é fácil de aprender e difícil de dominar.
Existem duas grandes partes distintas em Shogun 2, uma é o mapa do mundo e a outra são as batalhas. No mapa fazemos principalmente a gestão do nosso exercito, mas é possível fazer outras coisas, se quisermos enfraquecer o exercito dos nossos inimigos antes de um confronto, temos ao nosso dispor alguns "truques sujos". Por exemplo, podemos seleccionar um dos nossos assassinos (ou outra classe com habilidade para tal) para se infiltrar no acampamento dos nossos inimigos e matar o seu general. Ao fazermos isto, duas coisas podem acontecer: termos sucesso ou não. Isso está dependente das habilidades do nosso assassino. Ao eliminarmos o general inimigo, quando batalharmos com o seu exercito as coisas serão mais fáceis para nós, sem um general no comando, mais erros serão cometidos.
As personagens têm um ramo de habilidades que podemos evoluir ao nosso gosto, dependendo do uso que lhe queremos dar. Este sistema funciona basicamente como um RPG. Pegando novamente no exemplo do assassino, se este tiver sucesso na sua tarefa ganhamos pontos para distribuir pelo ramo de habilidades. Cada classe possui características únicas que garante à personagem vantagens em relação a outras classes, mas para cada classe existe uma outra classe arqui-rival.
A parte não explorada no mapa do mundo aparece a duas dimensões, enquanto que a parte explorada aparece a três dimensões, sendo assim muito mais fácil ver quais as regiões que ainda não conquistamos. O mapa é gigante, mas não será tão grande como em Napoleon: Total War, esclareceram os membros da equipa presentes. Cada região terá as suas próprias características e farão sentir-se durante o decorrer das batalhas.
São muitos os factores determinantes em Shogun 2, as estações do ano são uma delas. Para terem uma ideia de como as estações do ano (Primavera, Verão, Outono, Inverno) vão influenciar as batalhas, posso dar alguns exemplos: Quando estiver a chover, as flechas de fogo serão menos eficazes, se estiver a nevar, os soldados terão mais dificuldade em correr. A estrutura geológica do campo de batalha é outro factor a ter em conta, se estivermos a tentar conquistar um castelo numa montanha o inimigo terá clara vantagem.