Sin & Punishment: Succesor of the Skies
Os humanos explodem quando morrem?
Um contador com o número de alvos destruídos. Ali aninhado no canto inferior direito, que coisa mais útil. Quer dizer, quando se chega ao final da primeira etapa do primeiro nível de um jogo (coisa que leva pouco mais de um punhado de minutos) e esse contador marca 167, torna-se mais fácil colocar em perspectiva a acção que se desenrola à nossa frente.
Tal como o seu predecessor (disponível na Virtual Console), Sin & Punishment Successor of the Sky é um shooter on-rails, ou seja, a acção desenrola-se à velocidade que o jogo define (regra geral, imparável) e a tarefa do jogador, basicamente, é não ser absorvido pela enchente.
Sin and Punishment: Star Succesor é difícil, muito difícil. Mas completamente justo. Transmite o sentimento de que os nossos reflexos simplesmente não estiveram à altura, e – verdade seja dita – faz-lo com grande frequência. Felizmente temos continues infinitos e um sistema de checkpoints.
A mira é controlada pelo Wii Remote, enquanto que o movimento do personagem está atribuído ao nunchuk. Existe uma barreira a ultrapassar para coordenar o que se passa no ecrã com o comando, mas não passa de uma simples questão de habituação. Kachi e Isa (os personagens) já não estão agarrados ao chão, como acontecia no primeiro jogo. Podem flutuar por todo o ecrã conforme necessário para evitar balas, lasers e explosivos.
Por vezes o ângulo da câmara muda e o jogo toma novos géneros, por exemplo numa das secções que experimentei, o jogo passa a correr na horizontal, numa experiência muito similar a um shooter como R-Type.
Ficar resguardado a disparar contra os inimigos nem sempre é a melhor opção, quando estão suficientemente próximos os ataques com a espada causam dano considerável, algo que é especialmente importante para os bosses. Deflectir ataques dessa forma por vezes é também mais eficiente do que utilizar as esquivas. Os bosses são um dos elementos mais interessantes deste jogo. Realmente exigem que se utilize a pouca invulnerabilidade que a esquiva nos dá para evitar ser destruído por ataques que ocupam pedaços enormes do ecrã. Desde grupos de mísseis em formação até uma enorme pata que nos tenta desfazer. É possível utilizar o botão A para trancar a mira nos pontos fracos destes adversários (ou nos inimigos em geral), mas assim as balas causam menos dano.
Cada um dos personagens tem a sua "charge shot", um ataque especial que precisa de algum tempo para ser recarregado entre utilizações. Kachi pode apontar para vários inimigos em simultâneo e Isa causa uma explosão focada numa única área.
A nível gráfico o jogo não é exactamente impressionante, mas a direcção artística compensa esta falha. Muitas das etapas têm um aspecto único, tentando evitar os ambientes que marcam presença em todos os jogos do género.
Quando me afastei da estação onde estava a experimentar o jogo, o contador aproximava-se da oitava centena, e não tenho dúvidas que os números sejam bem mais elevados em linha com o progresso no jogo. Sin & Punishment é um jogo difícil, é certo, mas difícil por todas as razões certas. O seu lançamento europeu está marcado para 7 de Março deste ano.