Skate 3

A movimentação dos objectos também está mais suave, mas agora isso passou para segundo plano, foi introduzida uma ferramenta para criar skateparks. É bastante simples de usar e as possibilidades são infinitas, existe uma grande variedade nos objectos ao nosso dispor e ainda podemos aumentar ou diminuir o tamanho de alguns. Se forem preguiçosos ou não tiverem muita imaginação, podem sempre descarregar os skateparks feitos por outros membros da comunidade, é caso para dizer “skate and create”.

A lista de manobras não aumentou muito, foram acrescentados apenas os darkslides e underflips. Contudo, há que ter em conta que já não havia grandes manobras para acrescentar ao jogo, pensem em qualquer coisa que queiram fazer com um skate e há um grande probabilidade de o poderem fazer em Skate 3.

A cidade mais parece um skatepark gigante, tal como nos anteriores. Verifica-se que tem um design mais “limpo” e existe mais espaço livre, pois todos os obstáculos foram cuidadosamente colocados para dar um aspecto mais natural. Algumas localizações aparentam ser baseadas em spots reais, o que me surpreendeu pela positiva. Quando passei por certas partes de Port Carverton senti uma pitada de nostalgia com partes de San Vanelona no primeiro Skate, mas de uma forma geral, a cidade está repleta de novas coisas para skatar. Port Carverton está dividida em três grandes distritos, o “Downtown District”, “University District” e “Industrial District”. O que é lamentável é que estes três distritos não estejam ligados entre si, se quisermos mudar de distrito é preciso ir ao mapa e escolher a localização desejada. Fora isso, Port Carverton é o paraíso do skate, não existem seguranças em nenhum lugar, estamos livres para skatar qualquer coisa ou qualquer lugar e os cidadãos aplaudem quando aterramos uma manobra.

Graficamente sofreu pequenas melhorias. A aparência da água está muito melhor. O desgaste nas sapatilhas do skater à medida que vamos skatando é observável, quando caímos é notável a sujidade na nossa camisola e arranhões na nossa pele, são pequenos e deliciosos pormenores. De resto, não existem grandes mudanças significativas.

Em Skate 2 a edição dos vídeos foi melhorada com um conteúdo adicional chamado “Filmers Pack”, que acrescentou os ângulos de câmara “advanced” que permitiam criar vídeos de forma mais detalhada e aspecto realista. Skate 3 já tem isso incluído. Ao princípio para alguns de vocês, esta ferramenta pode ser complicada de usar, principalmente se nunca jogaram nenhum dos outros Skates.

A nível de longevidade é um jogo que só acaba quando perdermos o interesse. Existe imenso para se fazer, e mesmo após completarmos o objectivo principal, ainda existem mais torneios, spots para conquistar, novos sítios para descobrir, tudo depende da vossa imaginação e paixão pelo skate. Quanto a vocês não sei, mas sou capaz de perder algumas horas em redor de umas escadas com um corrimão a dar todas as manobras que me vêem à cabeça. Claro que depois ainda têm o online para se entreterem, pode tornar-se bastante divertido com os vossos amigos.

O que me incomodou um pouco, foi o facto do jogo trocar os termos “backside” e “frontside” nas manobras, com a excepção dos grinds e slides. Tenho a certeza que isso deverá ser corrigido com uma pequena actualização, mas ainda assim, é um erro que está presente no jogo e que nunca ocorreu nos anteriores.

Tenho que elogiar a maravilhosa soundtrack, todas as músicas combinam bem com a cultura do Skate, contém bandas como Joy Division, Them Crooked Vultures e The Misfits. Algumas são de vídeos de skate recentes, se viram esses vídeos vão imediatamente reconhece-las e ficar cheios de vontade para jogar (ou se praticarem o desporto, irem lá para fora dar uns truques).