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Smash Court Tennis 3

Let !

Em teoria, aquilo que Smash Court Tennis tenta atingir é louvável. O Ténis é um desporto que exige uma noção de posicionamento no court exemplar, de forma a garantir as condições ideias para executar pancadas incompreensíveis.

Em parte, é isto que o jogo pretende transmitir, mas algumas falhas graves impedem-no. A sublinhá-lo vem o incipiente tutorial, que, ao longo de mais de vinte lições, nos incita a apreender coisas como as subtis diferenças entre os diferentes efeitos que podemos conferir à bola e a importância de executar as pancadas no timing exacto.

A palavra chave aqui é “subtileza”. A margem para erros é muito pequena e enviar a bola para fora do court por tentar dar um jeitinho extra é comum. Exigência que até seria aceitável sob outras condições, mas a verdade é que o timing exacto para as pancadas nem sempre é óbvio e os ganhos (de uma colocação de bola mais agressiva) são marginais.

Além do tutorial, o jogo permite fazer partidas de exibição, competir num modo arcade e oferece aquele que é o seu modo mais complexo, o Pro Tour. A complementar estes modos está a vertente online, que permite jogar contra outros membros do Xbox Live.

O modo Pro Tour assenta em acompanhar a carreira de um tenista do 250º lugar no ranking mundial até o topo.Variedade de actividades à escolha não existe, entre torneios, eventos e mini-jogos de treino. Algumas destas actividades sobrepõem-se, sendo necessário jogar este modo por mais de um “ano” para as completar na integra.

O tenista pode ser personalizado dentro de uma variedade de escolhas reduzida mas suficiente. A personalização mais pertinente vai ocorrer com o avançar neste modo e consequente acumular de experiência, que pode ser utilizada para melhorar o atleta numa das sete áreas fundamentais (velocidade, serviço, etc.) ou para lhe atribuir características especificas sob a forma de especializações.

O termo “acompanhar” não é anteriormente utilizado de forma inocente, pois é possível concluir este modo sem competir numa única partida, deixando tudo nas mãos da inteligência artificial (sem que seja sequer necessário assistir ao jogo).

Esta grita de desespero.

De realçar a exigência (e consequente frustração) gerada por muitos dos mini-jogos deste modo, essencialmente aqueles que exigem que a bola seja devolvida para um minúsculo espaço especifico. Outros, principalmente os que desenvolvem a movimentação do jogador, entretêm, mas o computo geral é negativo.

A inteligência artificial faz um bom trabalho a explorar as deficiências do nosso posicionamento no court, conseguindo mesmo surpreender com, por exemplo, algumas bolas curtas em momentos cruciais. Ao mesmo tempo, a troca de bolas na rede está muito facilitada (e o lob é pouco eficiente), logo, se o oponente se dirige para a rede, o ponto está praticamente perdido.

Graficamente, está muito fraco para a geração de consolas em que se situa, mesmo em relação a, por exemplo, Virtua Tennis 3, que já está no mercado há um longo período de tempo. Ainda assim, a grande falha reside nas animações, que por vezes saltam de um movimento para outro, numa transição pouco discreta.

Controlos pouco precisos e o lento ritmo de jogo são falhas difíceis de ignorar. A variedade de acções à disposição do jogador (principalmente o destaque aos efeitos que se podem dar à bola) agradarão a verdadeiros entusiastas do desporto, mas mesmo esses terão dificuldade em ver muito mais neste jogo.

5 / 10

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