SOCOM Fireteam Bravo 3
Toma lá disto.
Antes de começar a jogar SOCOM Fireteam Bravo 3 não sabia o que esperar do jogo. Nunca tinha experimentado nenhum título desta série, mas também nunca me despertou interesse, pois não sou grande apreciador do género táctico e stealth. Apesar de torcer um bocado o nariz, lá me aventurei no jogo e comecei a primeira missão.
Bem, a adaptação aos controlos do jogo é bastante difícil, em parte por culpa da própria PSP que lhe falta um segundo analógico, essencial em shooters na terceira pessoa. Para fazer strafe temos que pressionar L e o analógico ao mesmo tempo, e para mover a mira livremente há que carregar primeiro cima no D-pad, isto causa uma sensação de estranheza para quem não está habituado a este tipo de controlos. No início da campanha, é nos perguntado se queremos uma missão de treino antes de começarmos a verdadeira campanha. O problema aqui, é que durante este treino, pouca informação é revelada ao jogador acerca dos controlos do jogo, pelo que alguns elementos essenciais da jogabilidade terão de ser aprendidos por vocês mesmos.
Comandar o nosso esquadrão é uma tarefa relativamente simples. Apenas carreguem círculo para aceder ao menu de comandos. As ordens que podemos dar são relativamente simples como “Ir para”, “Cobrir alvo”, “Seguir”, “Manter posição”, “Não disparar”, “Disparar” e “Furtividade”. Com o tempo aprendemos a utilizar correctamente estes comandos, que mostram a sua utilidade em situações onde existem vários inimigos.
Nesta instalação de SOCOM, somos Wraith, o líder do nosso esquadrão. A nossa missão é localizar e capturar um ex-agente do KGB, Vasyli Gozorov, que se acredita ter informações acerca de uma célula terrorista que está a planear um ataque. A campanha é curta, ao todo temos oito missões para completar. A estrutura das missões é semelhante e não existe grande variedade. Devido à IA, que é muito fácil de vencer mesmo na dificuldade mais elevada, podem completar todas as missão ao estilo de “Rambo”, sempre a correr e a disparar. Se não jogarem de uma forma táctica recorrendo a mortes silenciosas mantendo viva a componente stealth, pode se tornar um jogo extremamente banal e sem interesse.
As opções de personalização que o jogo oferece são o melhor. Antes de cada missão podemos visitar o armeiro, onde seleccionamos as armas que queremos utilizar na missão em questão. Cada arma pode ser personalizada com miras lazer, silenciadores, mais munições e outros componentes. Com os pontos que ganhamos no final de cada missão, vamos comprar novas armas e novas personalizações.
Mas creio que o mais interessante será mesmo o modo online e cooperativo. O jogo torna-se bastante mais atraente e divertido no cooperativo, que suporta até 4 jogadores. Podem escolher que missão querem jogar, a dificuldade, tipo de inimigos entre outras opções. Depois de concluírem a campanha, que é curta, o modo online com suporte até 16 jogadores poderá prolongar a vossa experiência, e agradar aqueles que procuram um desafio mais complicado que a IA.
A componente gráfica está com bom aspecto. Os mapas são simples mas têm bons detalhes, e as cinemáticas estão óptimas. Em relação à componente sonora, para o agrado de muitos, o jogo está localizado em português. Aparecem algumas frases ou expressões cómicas de longe a longe, mas de uma forma geral a dobragem está boa.
SOCOM Fireteam Bravo 3 conseguiu surpreender conseguindo manter viva a essência deste franchise. A jogabilidade apresenta-se um pouco complexa, mas após algumas horas de jogo torna-se fácil de dominar. A campanha e as suas missões, deixam um bocado a desejar, exigia-se algo melhor, mas em recompensa temos um bom modo online. SOCOM Fireteam Bravo 3 é facilmente um dos melhores TPS tácticos actuais para a portátil da Sony.