Sonic Unleashed
O renascer das cinzas?
A juntar a isto tudo existem os inimigos, que podem ser facilmente eliminados, bastando para isso pressionar “X”, para efectuar um salto, e carregar outra vez “X”, para investir no adversário. Podemos fazer esta acção várias vezes se existirem vários opositores no local, o que acaba por ser um dos pontos fortes do título, não só pela facilidade de execução mas também pela beleza visual.
As secções nocturnas, com Sonic na sua fase WereHog, deixam muito a desejar. Imaginem-no como outro jogo, um de acção aventura, já que nada tem a ver com os níveis de velocidade. Na pele do possante monstro, temos de vaguear pelos mais variados cenários, cumprindo algumas tarefas bastante simples de modo a chegar ao fim nível. Entre elas estão as alavancas que içam plataformas, portas que abrem com um mecanismo de peso ou ao pressionar R1, e os cenários com picos e serras, algo claramente inspirado em God of War. Em alguns casos, ainda é possível agarrarmo-nos em postes devidamente identificados, já que Sonic consegue esticar os seus braços.
Também na fase WereHog temos secções de luta, onde podemos de aplicar várias “combos” com os três ataques disponíveis. Tal como em muitos jogos do género, só depois de os eliminarmos podemos progredir na aventura, mas verdade seja dita, os adversários são bastante fáceis, e muitas vezes é mais acessível matar os inimigos carregando apenas num dos botões do que fazer ataques especiais.
Os gráficos são bastante decepcionantes. As texturas são de fraca qualidade (sendo bastante pixelizadas) e os modelos dos cenários são na sua maioria quadrados, fazendo lembrar os jogos para a velhinha PSone. Sendo que Sonic Unleashed não é propriamente um título que puxe pelas capacidades da PlayStation 2, não percebemos o porquê dos ecrãs de “loading” serem constantes e tão demorados. Além dos gráficos, também a câmara de jogo apresenta vários problemas. Ao contrário das versões de nova geração, nesta não podemos rodar a câmara, o que é bastante frustrante, principalmente quando nos encontramos numa secção de luta com algumas colunas que nos impossibilitam ver a acção.
A componente sonora não foge à realidade do título, já que também ela não se destaca pelas boas razões. As vozes escolhidas, assim como o enredo em geral, parecem saídos de desenhos animados dos anos 80, e as faixas musicais às vezes chegam a ser irritantes. Basta dar o exemplo da música das secções de luta, que parece saída de um “talk show”.
Ao longo da nossa aventura por todos os cantos do mundo vamos ter a oportunidade de coleccionar objectos, como músicas, imagens de “art work”, vídeos e ainda factos sobre as personagens do jogo, que podem ser acedidos através do menu do jogo.
Sonic Unleashed, na sua versão PlayStation 2, não é o regresso da personagem à glória dos velhos tempos que os fãs desejavam. É um título medíocre e contém alguns pontos positivos. No entanto, aconselhamos os fãs a optar pelas versões de nova geração.