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Sony sobre vendas da Vita, Kojima no Eurogamer Expo e GRID 2

Mais um rescaldo semanal com a participação dos leitores.

Enquanto o verão vai pedindo uma estadia pelas nossas belas praias, esta indústria está cada vez mais perto da reentrada e pelo meio vamos ter um evento na Alemanha, chamado Gamescom, e várias novidades deverão ser apresentada. Talvez precisamente por esse motivo, esta semana já foi sentida uma movimentação mais dentro do habitual e mal parecia estarmos no verão.

Como tem vindo a acontecer, temos aqui um novo rescaldo semanal que reúne num só artigo algumas das mais importantes notícias da semana com o devido destaque ao que a comunidade pensa sobre as mesmas. Mais do que conhecer as nossas opiniões sobre estes assuntos, o nosso interesse é mesmo apresentar um olhar mais focado na comunidade enquanto destacamos o melhor e pior da semana.

Logo no início da semana a Arc System Works revelou o seu novo BlazBlue: Chrono Phantasma que se fez acompanhar de um primeiro trailer. Confirmado pela Famitsu como uma continuação do anterior, com novas personagens e outras novidades por anunciar. Mais curiosa é a menção da PlayStation 3 como única consola caseira de destino. Será um erro?

"Acho que o mais estúpido foi que na revista e em entrevistas escreveram (MP - Multi Platform), mas depois na Famitsu só escreveram PS3 em todo o lado. Na volta estão a planear anunciar uma versão portátil (3DS/Vita) quando a versão das Arcades sair?", diz-nos o SummonerPascal sobre a suposta exclusividade para a plataforma Sony. Como referido, o mais provável é ser um erro ou então um exclusivo Japonês mas tal está ainda por esclarecer oficialmente.

Outra série que tem dado que falar pelo seu possível regresso é Prince of Persia, especialmente quando surgiu um rumor que indicada estarmos perante a primeira imagem do novo Prince of Persia. Este suposto Prince of Persia Zero é descrito como um cruzamento entre God of War e Shadow of the Colossus mas nada é ainda oficial. God of War da Pérsia?

Para o RockyMotion este é mais um exemplo de uma tendência da indústria. "Porque raio não fazem um novo IP em vez de andar com prequelas e reboots? Porra de mania que a indústria tem de integrar tudo numa série. Primeiro o PoP de 2008 (chamá-lo um Prince of Persia é um insulto à trilogia original), depois o Syndicate, XCom, Castlevania: Lords of Shadow... Todos estes jogos podiam ter sido IP's novos em vez de interferirem com a reputação os grandes clássicos. Mas um jogo com uma marca famosa vende mais que um IP novo, portanto lá tem de enquadrar o novo jogo numa série que pouco ou nada tem a ver com esse jogo.". Eu cá adorei o Prince of Persia de 2008 e é para mim um dos mais belos feitos artísticos desta geração de videojogos e gostaria mesmo de uma sequela.

Hideki Kamiya não gosta de PlayStation All-Stars Battle Royale foi outra das notícias que mais burburinho gerou esta semana. "Thank you Captain Obvious. Que isto é uma cópia do Super Smash Bros., já nós sabemos. Mas ainda não sabemos se o jogo será tão bom como o original." Quem o diz é o gargles e aqui temos que concordar, quando Kamiya fala provavelmente devemos prestar atenção mas acusar um produto de copiar ou roubar ideias de outra série é algo que soa um pouco esquisito.

"Thank you Captain Obvious. Que isto é uma cópia do Super Smash Bros., já nós sabemos. Mas ainda não sabemos se o jogo será tão bom como o original. - Gargles"

Provavelmente não têm um smartphone para aceder a jogos da Gameloft (piada escusada eu sei) mas atualmente estamos numa indústria do "Descobre a influência" e a tendência é precisamente esta, pedir emprestado a jogos e fórmulas de sucesso. Portanto é como foi dito, constatação do óbvio acaba por ficar mal a quem está no foco de grandes atenções e são situações para as quais as altas figuras da indústria já deviam estar treinadas.

Nesta semana tivemos outra companhia Japonesa a apresentar os seus dados financeiros e ficámos a saber que a Square Enix registou uma queda nos lucros. A companhia atribuiu a escassez de títulos de destaque e a chegada atrasada de outros aos mercados internacionais para tais resultados. Para o resto do ano são esperados melhores resultados com a chegada de séries aclamadas como Hitman e Tomb Raider que deixam a Square Enix motivada.

O Devil_Spooky tem uma ajuda a dar à companhia Japonesa: "Algumas coisas que se o fizerem podem garantir lucros, e não poucos. Kingdom Hearts HD Collection (com Final mix, Final Mix + (incluindo o Re:Chain of Memories) e Birth By Sleep Final Mix) podem lançar na PS3 e VITA, Kingdom Hearts 3, Final Fantasy Versus XIII e Final Fantasy VII Remake. Façam isto e depois vão ver a quantidade de dinheiro que vão receber." Parece um exemplo mais do que perfeito da verdadeira carta de fã devoto e sonhador a uma companhia, não podemos contra-argumentar.

Para comemorar os 25 anos de Metal Gear Solid, Hideo Kojima vai estar presente no evento Eurogamer Expo 2012 no dia 27 de Setembro em Londres. Para além de falar de todos os jogos da série e da evolução da mesma, o aclamado produtor de videojogos vai ainda falar sobre o futuro e vai permitir que os presentes testem o novo Rising. "Ah, como eu gosto de sonhar com a possibilidade de um dia Portugal ter um mega evento destes e com participações de peso (e não estou a falar do Fernando Mendes!)." Palavras do Liquid_Belmont que sonha com o Kojima a comer uma Francesinha aqui no Porto.

"Hideo Kojima vai estar presente no evento Eurogamer Expo 2012 no dia 27 de Setembro em Londres."

Para muitos esta próxima notícia poderá ser estranha, mas a verdade é que o Unreal Engine 4 não surpreende, segundo a Crytek. "Apresentamos o CryENGINE 3 como preparado para a nova geração desde o GDC 2010. Pensamos que o Unreal Engine 4 fez um bom trabalho para nos apanhar, mas não tem nada que nos surpreenda e continuamos acreditar que o CryENGINE 3 continua a ser o benchmark."

Sobre o assunto o ObscureAngels partilhou que, "Unreal engine é um motor muito mais preparado para outras plataformas inclusive. Há que ter tudo isto em conta e não apenas os gráficos, creio que isso todos sabem fazer basta que haja poder de processamento. Depois também não esquecer que apesar do salto gráfico da PS3 -> PS4 /Xbox, não ser tão elevado com o clássico mega salto da PS2 -> PS3, há que ter em atenção que atualmente os jogos esforçam-se para correr a 720P 30fps, e o marco das novas consolas é 1080P 60fps, o que é um grande aumento, eles também avisaram que preferem não investir tanto em hardware tão poderoso, o que pode tornar as next-gen mais acessíveis, logo os motores também não podem abusar. Eu sinceramente do que vi do UE4, Luminous, do star wars 1313, gostei muito do que vi, o que o CE3 tem apresentado, já eu tinha visto muito semelhante no CE2 em 2007 no crysis 1, apenas agora temos o tesslation, nada de novo. Tanto que não percebo o que é que os senhores da crytek andam pra ai a ladrar."

Crytek mostra o poder do CryEngine 3.

Outra grande notícia da semana foi sem dúvida a revelação oficial do novo GRID 2 da Codemasters que é também o seu jogo mais ambicioso e mais caro. "A filosofia chave de design em Grid 2 é que tratamos a corrida como uma personagem, não uma sequência de apenas colocar carros nas pistas. Tudo o que vai para o jogo afeta naquele dramatismo blockbuster segundo a segundo, no momento - a sensação e personalidade da corrida." O estúdio está a quebrar barreiras novamente quanto ao que pode ser feito no género em termos de novas ferramentas, tecnologias e inovações. Desde melhorias nos danos, na I.A., nos modos online e para um jogador, podem contar com muita adrenalina e entusiasmo pois Grid 2 é o que o Codemasters chama de Total Race Day Immersion.

"Vou ser sincero, adoro os gráficos e a física realista do Forza 4, mas confesso que falta um pouco de emoção nas corridas, e isso GRID faz como poucos!!" diz o Nabuco perante o trailer de apresentação de GRID 2. "GRID é agressivo, brutal, é diferente dos outros jogos do género. Acredito que a sequencia será ainda mais épica," diz o TiagoMedeiros demonstrando bem o estatuto privilegiado de que a Codemasters desfruta entre a comunidade adepta dos desportos motorizados.

PlayStation Vita com dificuldades para atrair third-parties foi um dos cabeçalhos que mais considero importantes nesta semana. A escassez de lançamentos na Vita é de tal forma que nem sequer falamos de escassez de títulos de destaque mas sim de lançamentos em si, algo que faça a consola movimentar e apelar. "Devido ao crescimento do sector móvel/social, muitas oportunidades são apresentadas para os estúdios escolherem, e tendo em conta que o lado móvel/social é o sector em crescimento em termos de negócio atualmente, estão rapidamente a mudar os seus recursos de desenvolvimento para ser parte desse mercado em crescimento," disse Shuhei Yoshida da Sony confirmando oficialmente a ideia que está na mente da grande maioria dos consumidores.

O ohleok acredita que, "O que é preciso é jogos novos. Esta é uma das razões porque ainda não comprei uma vita, e pelo rumo que está a levar não a devo comprar tão cedo. Mais depressa compro uma 3DS derivado ao preço e há compatibilidade com os jogos da DS." Uma plataforma sem jogos que motive a compra é um ponto assente, mas atualmente a Vita parece estar a correr contra o tempo e a Sony precisa urgentemente de incentivar outras editoras.

GRID regressa com uma sequela que já é o jogo mais caro de sempre da Codemasters.

Ainda sobre a PlayStation Vita e sobre a perceção da Sony em relação à sua prestação e situação, a Sony revelou acreditar que as vendas da Vita são aceitáveis. Desta vez foi Jack Tretton da SCEA que nos disse que, "Nesta indústria não consegues estar demasiado acima ou demasiado abaixo, porque move-se muito rapidamente. Penso que existe um número aceitável - e o número de vendas: É aceitável."

"Nesta indústria não consegues estar demasiado acima ou demasiado abaixo, porque move-se muito rapidamente. Penso que existe um número aceitável - e o número de vendas: É aceitável. - Jack Tretton da SCEA"

"Qualquer coisa com grandes recompensas vai chegar com grandes dificuldades. Sentimos que se a tecnologia estivesse lá, e se o suporte em jogos estivesse lá, então a audiência estaria lá...Sinto-me muito melhor sobre ela do que há três meses atrás." Depois de toda a argumentação sobre a falta de jogos na Vita, o seu preço é o assunto mais controverso e que para muitos está intimamente ligado às suas prestações em termos de vendas.

"Acho que deviam baixar ligeiramente o preço (colocar a versão WiFi ao preço da 3DS XL e a versão 3G ao preço atual da versão WiFi), incluir um cartão de 4GB com todas as consolas, baixar o preço dos cartões de memória, permitir que outras marcas (Sandisk, etc) produzam cartões para a Vita e apostar num catálogo de jogos mais diverso e com mais títulos AAA (tanto first-party como third-party). Eu adoro a minha Vita, mas acho que a Sony está a relaxar muito com esta consola..." É o que kk1r acredita e mais do que todo o seu comentário, é a última frase que mais impacto carrega.

Depois de promover perante os seus consumidores que havia aprendido com o passado, e os erros estratégicos cometidos com a PSP, a Sony parece incrivelmente estar ainda mais relaxada e mais permissiva com a Vita, demonstrando fraca concorrência para a Nintendo 3DS. A falta de medidas, sejam quais forem, parecem ainda mais preocupantes daí o aparente relaxe ser confuso.

Hideaki Itsuno da Capcom comentou as diferenças entre Ocidente e Japão na hora de abordar os seus jogos, especificamente sobre o novo DmC, outro assunto controverso made in Japan e não só. Itsuno explicou ao Siliconera que a Ninja Theory "prefere concentrar-se no visual logo no começo e construir a jogabilidade depois", enquanto que na Capcom japonesa, "primeiro concentramo-nos na lógica do jogo e funcionamento dos sistemas no princípio, depois gradualmente construirmos os visuais." Esta diferença entre filosofias de desenvolvimento colide em DmC Devil May Cry. Itsuno esclarece que "tem estado a tentar encontrar um sistema híbrido onde se aproveita o melhor dos dois mundos."

"Esta mudança de paradigma fez com a saga Devil May Cry perdesse a sua identidade. O jogo poderá não ser mau em termos de qualidade, mas chamar Devil May Cry a isto é um insulto ao seu legado passado. - Darkslb"

"Esta mudança de paradigma fez com a saga Devil May Cry perdesse a sua identidade. O jogo poderá não ser mau em termos de qualidade, mas chamar Devil May Cry a isto é um insulto ao seu legado passado. Se queriam fazer um reboot da saga, deviam tê-lo entregue à Platinum Games (criadores do excelente Bayonetta, de Vanquish e do futuro MGS Rising) e teríamos um Devil May Cry que faria jus ao seu legado,", escreveu o Darkslb para espelhar o bem conhecido desagrado dos fãs da mítica série com o trabalho do estúdio de Tameen Antoniades.

Já no final da semana Jet Set Radio HD ganhou data e preço sendo que vai custar 9.99$ em todos os serviços nas suas respetivas consolas. PlayStation 3, Vita, PC e Xbox 360 são os sistemas que vão receber o jogo mas as datas variam. Caso sejam membros PSN+ o jogo pode ser vosso a 11 de Setembro enquanto restantes membros PSN recebem o jogo a 18 de Setembro e no dia seguinte chega ao Xbox Live e Steam.

Este jogo é um clássico que me cativou imenso na altura do seu lançamento original na Dreamcast e considero esta versão melhorada para alta definição um mais do que merecido prémio da SEGA. Esta série conta com apenas dois jogos e espero que esta versão tenha um sucesso a permitir um terceiro jogo. Seria o que alguns chamam de ouro sobre azul.

Ora então está feito. Por esta semana está o rescaldo feito e ficam assim livres para voltar à praia e olhar para aquela menina ou menino que tanto cativou a vossa atenção. Com o campeonato de futebol prestes a começar certamente os ambientes vão-se tornar mais animados e muito em breve vamos estar novamente em plena época de regresso, tendo a gamescom como cabeça de cartaz esta semana. Estaremos lá em direto e por isso acompanhem tudo aqui na Eurogamer Portugal. Teremos muitas novidades.

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