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Soul Calibur V - Antevisão

Uma nova geração de lutadores.

Logo por aí nos apercebemos que o arco narrativo é um factor preponderante. Explorado por via de sequencias cinematográficas prévias e posteriores ao combate, para lá do cruzamento de forças e dos antagonismos e até mesmo aproximações entre as personagens, há todo um aspecto cénico e gráfico que justifica imediata adesão. Para os fãs isto é autêntico trabalho de casa. O aspecto vivo, realista, colorido e profundo das personagens é de um magnífico labor. Com atenção ao pormenor e detalhe, temos os lutadores descritos de uma forma colossal, imponente e épica. Naturalmente, o design escolhido contribui para aprofundar a imagem e a marca de cada personagem.

Respeitando tradição com a novidade emprestada pelo futuro da série, há uma frescura inevitável e feliz. Aos velhos protagonistas como Cervantes de Leon, Yoshimitsu e Hildegard, por exemplo, junta-se uma nova geração de lutadores. É uma revolução que se justifica. Outros "brawlers" preferem arriscar moderadamente. Aqui o passo é mais significativo e os novos nomes irão depressa recolher adesão dos fãs.

Sistema de combate revigorado

Assim que cumprimos os primeiros combates e nos adaptamos à lista de novas regras, apercebemo-nos do bom trabalho cumprido pela Project Soul. O combate está mais dinâmico e aberto a novos desfechos inesperados por força de uma nova barra de energia (a qual aumenta para um ou mais ciclos de utilização) que possibilita a execução de golpes especiais particularmente gravosos no adversário. À semelhança de outros jogos, (não podemos deixar de pensar em Street Fighter IV) estes movimentos, completam-se através de uma sequência cinematográfica. A sua execução é bem mais simples, intuitiva e moldada ao espírito de combate.

O sistema defensivo também conta com importantes alterações, passando a existir uma forma de defender alguns dos ataques mais poderosos do oponente, embora isso só seja possível depois de executada uma particular combinação defensiva. Noutros casos uma actuação defensiva no momento certo provoca um alerta no ecrã, levando a que a personagem reverta a seu favor o golpe do adversário ao encontrar tempo de recuperação e resposta para atacar de seguida. Isto pode ser conjugado com a nova função de "sidestep" e com a movimentação da personagem em oito sentidos.

Em termos de opções de jogo o destaque em matéria de novidades vai para o editor de lutadores. Aqui podemos fazer uma personagem inteiramente nova e parecida com a fotografia que enviamos para o editor por via da câmara ligada à PS3. Ou então construímos uma personagem tendo por base um modelo de lutador disponível. Há inúmeros parâmetros passíveis de personalização. Do aspecto físico, passando pelo escudo e pela arma branca, até ao estilo de combate, haverá aqui bastantes elementos que ditarão autênticas e originais personagens.

Veremos como se conjugam todos os novos elementos escolhidos para Soul Calibur V na versão final para análise. Para já pudemos seguir uma boa porção daquilo que irá chegar às lojas em Fevereiro. Os fãs irão encontrar novos motivos para explorar a fundo este episódio. Num jogo que nos parece ficar moldado de forma a combinar tradição com evolução assente num novo arco narrativo e novos protagonistas, há depois uma dimensão gráfica que supera e jogável que supera claramente a edição anterior lançada em 2008. Soul Calibur V não deverá ser um jogo tão revolucionário como muitos poderiam pensar. Mas ao apostar num resultado mais confortável garante os condimentos necessários para uma experiência autêntica e com qualidade.

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