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Splatterhouse

Litros e litros de sangue.

O auge da carnificina é atingido nos finishers. Quando uma criatura estiver envolvida num tom de vermelho carreguem B para executarem um finisher com uma brutalidade inimaginável. Um dos meus favoritos consiste em esmagar a cabeça de uma critura com as nossas mãos, mas existem mais, alguns específicos para determinadas criaturas. A sensação de fazer estes ataques consegue ser transmitida ao jogador porque temos de fazer os movimentos de Rick com os analógicos. Num outro finisher em os braços são arrancados é preciso inclinar os analógicos em direcções opostas. Nestes momentos conseguimos mesmo sentir a violência contida em Splatterhouse.

Se não quiserem usar os finishers existem outras maneiras brutais para desfazer criaturas horrorosas. O que vão usar mais são as mãos enormes de Rick que mandam a voar tudo o que lhe aparecer à frente. Ou então podem usar as armas que vão encontrando, existem facões, moto-serras, canos, ou seja, todas aquelas ferramentas normalmente usadas pelos psicopatas nos filmes. Podem ainda arrancar uma cabeça ou uma braço a uma criatura e usarem-na como uma arma.

A sua força sobrenatural não é única habilidade que a mascara fornece. Rick consegue literalmente sugar a vida de outras criaturas para aumentar a sua. Outra habilidade é transformar-se numa criatura mais forte com espigos a sairem dos braços e das costas. Como seria de esperar, estas habilidades estão dependentes de uma barra no HUD que vai enchendo à medida que fazemos mais e mais matanças.

O sangue em Splatterhouse está por todo o lado e é a moeda usada para melhorar as capacidades de Rick, coisas como a quantidade de vida, mais ataques, mais durabilidade para as armas, entre outros. Se quiserem alcançar o expoente máximo das capacidades de Rick terão que jogar uma segunda vez porque a primeira não é suficiente.

Splatterhouse é muito completo em conteúdos. Além do modo história que dura razoalvelmente bem, possui os "Survival Challenges" e os três Splatterhouse originais. Se pensarmos bem a Namco Bandai foi bondosa ao incluir os três originais neste remake de Splatterhouse. Nos tempos que correm poderia muito bem lança-los separadamente nos serviços digitais e obter uns lucros extra.

Sendo Splatterhouse um remake, não foi esquecida uma homenagem aos clássicos. Para prestar homenagem (e também para dar variedade) foram incluídas secções em side-scrolling que lembram de imediato os velhos tempos. Nestas secções a música utilizada provém dos Splatterhouse originais, algo sublime.

Ao princípio não consegui perceber isto, mas o dá principalmente vida a Splatterhouse é o seu visual. É um jogo bem conseguido em gráficos e design. Foi adoptado um aspecto meio desenho animado mas que de infantil não tem nada. Ao lutar com as criaturas o sangue espalha-se pelo chão, paredes e mesmo no ecrã da nossa televisão, é um efeito que demonstra a carnificina que o jogo pode atingir em toda a sua glória. Os níveis têm sempre aquele aspecto de casa dos horrores, embora serão raras as ocasiões em que vamos prestar atenção ao que está ao nosso redor. Caso Rick sofra danos consideráveis pedaços da sua carne são arrancados. É comum verem as suas costelas expostas. Rick pode até perder um braço, mas não se preocupem, passando alguns segundos nasce outro.

Para dar aquele toque final, Splatterhouse usufrui de uma soundrack com música da pesada que combina a 100 porcento consigo. (Vejam a soundtrack).

Splatterhouse captou o meu interesse desde o primeiro momento, contudo, tentei sempre não elevar demasiado as espectativas pois geralmente este género de jogos acabam por desiludir. Felizmente, este jogo não se encaixa nessa categoria. Tudo aquilo que os trailers prometem é tudo aquilo que pode ser encontrado em Splatterhouse. Se pensam que violência excessiva, carnificina, ver carradas de sangue a escorrer por todos os lados é divertido, então isto é um jogo para vocês.

8 / 10

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