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Square Enix acusada de não querer Life is Strange visto como "um jogo gay"

Relatos de toxicidade e racismo na Deck Nine.

Crédito da imagem: Square Enix

A Deck Nine, produtora de Life is Strange: True Colors, está no centro de uma nova polémica, tal como Square Enix, devido a acusações de toxicidade no estúdio, e uma postura hostil por parte da editora sobre algumas decisões criativas na narrativa do jogo.

De acordo com uma nova investigação do IGN, partilhada pelos nossos colegas do Eurogamer, vários funcionários e ex-funcionários da Deck Nine acusam a companhia de não respeitar os valores de inclusividade pelos quais os jogos da série Life is Strange se tornaram tão conhecidos, mas uma das mais duras críticas foi deixada à Square Enix.

Segundo estas fontes, os contactos na Square Enix London foram autênticos “rufias” que “colocaram imensa pressão no pessoal da Deck Nine, de tal forma que a toxicidade começou a sangrar para o local de trabalho.” Alegadamente, um dos principais problemas da Square Enix London era revelar ao mundo que a protagonista Alex é bissexual antes do lançamento. Mais do que isso, acusam a editora de apenas mudar de ideias quando as críticas foram favoráveis e que avisaram diversas vezes a Deck Nine que não queriam que pensassem em Life is Strange como “um jogo gay”.

A Deck Nine também é arrasada por críticas de toxicidade, assédio sexual, transfobia, e agressividade de gestores perante funcionárias femininas. Zak Garris, ex-diretor criativo na Deck Nine foi acusado por várias fontes de mostrar forte resistência à diversidade que os escritores procuravam, sendo acusado de forçar a remoção de uma personagem transgénero de True Colors. Garris respondeu ao IGN e disse que a equipa responsável pela narrativa de True Colors fez um trabalho muito fraco, ao ponto do jogo correr o risco de ser cancelado.

Garris alega que o grupo de escritores era “antagônico perante a diferença, e pouco disposto a escutar ou aceitar compromissos”. Descreve-os como indivíduos sem profissionalismo, responsáveis por imensa da toxicidade que alegam sofrer.

A Deck Nine respondeu à investigação, numa mensagem na qual afirma que está dedicada à implementação dos valores de diversidade que os fãs conhecem dos seus jogos, procura tratar de forma justa todos os funcionários, e que permanece empenhada em escrever histórias sobre grupos marginalizados.

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