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StarCraft 2: Legacy of the Void - Análise

Protoss ao ataque.

Eurogamer.pt - Recomendado crachá
É sem dúvida uma expansão não deve passar despercebida para nenhum fã de RTS ou da própria série.

O universo de Starcraft é muito expansivo, albergando histórias que se focam somente em raças ou em personalidades específicas. Com a mais recente expansão chamada "Legacy of the Void", o universo de Starcraft poderá ter chegado, talvez, ao seu final.

Legacy of the Void tem um modo campanha dedicado à raça Protoss. O seu novo Hierarch, Artanis, pretende reclamar o planeta Aiur, que em outrora pertencia à sua fação conhecida como os Templars. Nesse momento, sabendo do que se está a passar, Zeratul tenta avisar Artanis de que um Xel'naga conhecido como Amon está a criar uma raça híbrida entre Protoss e Zergs.

Artanis tenta de todas as formas retomar o planeta, mas falha miseravelmente devido à força das tropas híbridas ao serviço de Amon. Artanis também sente que a rede que conecta todos os Templars, conhecida como "Khala", foi corrompida e é obrigado a cortar os seus cordões nervosos para se libertar do controlo de Amon. A única esperança de Artanis é recuperar a Spear of Adun, a última grande "Arkship" restante da engenharia Khalai e reunir todas as fações da sua raça para que possam finalmente reclamar Aiur.

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O modo campanha em Legacy of the Void conta com um extra exclusivo desta expansão, que é o uso dos poderes da Spear of Adun. Dependendo da quantidade de Solarite que os jogadores ganharem em objetivos secundários durante as missões, mais habilidades poderão desbloquear. Todas essas habilidades são ótimas para o auxílio do jogador durante os momentos em que o jogo se torna um pouco mais difícil. Temos como exemplo a habilidade de lançar quatro pequenos raios laser no exército inimigo, criar um escudo a volta das vossas unidades enquanto estão perto de um Pylon, ou teleportar uma unidade extremamente forte para o campo.

Legacy of the Void também possui um painel de personalização das tropas recebendo mais opções de unidades à medida que a campanha avança, todas elas com habilidades que poderão auxiliar o jogador dependendo da sua estratégia. Entre estas unidades podemos ver as quatro fações dos Protoss, sendo elas: Khalai (Templars), Nerazim (Dark Templars), Purifiers e os Tal'darim.

A expansão trouxe-nos também o modo cooperativo onde dois jogadores terão que cooperar para atingir um objetivo comum, como por exemplo, impedir que as tropas inimigas destruam uma certa estrutura. No modo cooperativo temos sempre que escolher um líder, pois as tropas divergem entre eles. Para os Terrans teremos como escolha Raynor e Swann; para os Zerg contamos com a ajuda da Kerrigan e Zagara; e por fim para os Protoss podemos escolher entre Artanis e Vorazun.

A janela onde podem personalizar a Spear of Adun.

Cada um destes aliados contam a sua exclusiva lista de unidades e habilidades únicas, e à medida que o seu nível sobe, mais habilidades e unidades serão desbloqueadas. Com o evoluir do nível do personagem escolhido, será aumentada a dificuldade do objetivo dado no modo cooperativo. Este sistema procura incentivar a participação no multijogador sem ser no clássico "Player-versus-Player", melhorando as habilidades estratégicas do jogador de uma maneira diferente.

O Starcraft desta vez não se esqueceu dos game modders, introduzindo assim o menu Arcade, que dá a oportunidade aos fãs de criarem os seus próprios modos de jogo dentro do Starcaft para que outras pessoas se divirtam com eles. Com este sistema o jogador pode divertir-se durante horas a fio sem estar sempre a fazer o clássico jogo cujo o objetivo seria construir estruturas, criar tropas e aniquilar o inimigo. Este modo sem dúvida será estupendo para quem procura diversidade e ideias criativas para explorar os limites do que se pode fazer com um RTS. Com esta adição, a Blizzard quis garantir que até pessoas que não têm bases de programação pudessem criar o seu próprio modo de jogo e partilhá-lo com o resto do mundo.

"A Blizzard quis garantir que até pessoas que não têm bases de programação pudessem criar o seu próprio modo de jogo"

A nível gráfico o Starcraft 2 ainda consegue impressionar bastante. Com todas as opções gráficas no máximo é difícil não parar para apreciar a Spear of Adun ou os mapas do modo campanha. Com o tema centrado nos Protoss, as cores azul e dourado são predominantes, mas os vossos olhos não se cansarão de olhar para os belos modelos apresentados durante todo o jogo. A animação das personagens durante os diálogos consegue ser satisfatória para uma raça que não tem boca, sobrancelhas ou qualquer tipo de cavidade nasal, apesar de muitas vezes a prestação dos atores de voz nos deixar na dúvida se as personagens estão a contentes, admiradas ou confusas.

Num todo, Legacy of the Void tem uma história simples e fácil de entender, mas um final que poderá deixar qualquer um de vocês agarrados ao ecrã a questionar-se "o que é que se passou?". Todos as personagens são fáceis de distinguir pelo tipo de atitude que têm frente às circunstâncias e diálogos. O jogo contém novas tropas como seria de esperar, que serão muito úteis para quem é fã do clássico multijogador competitivo e novos modos de jogo que capazes de oferecer horas de diversão, sem passar a sensação de que estamos sempre a fazer a mesma coisa. É sem dúvida uma expansão não deve passar despercebida para nenhum fã de RTS ou da própria série devido à sua complexidade e competitividade.

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