StarCraft II: Wings of Liberty
A Guerra dos Mundos.
Se o nosso adversário for, por exemplo, os Zerg, é bom que pensemos em número em detrimento da força. Aqueles bichos surgem a uma velocidade estonteante e se os Terran ou os Protoss não estiverem bem preparados, serão devorados rapidamente pelos Zerg.
Já os Protoss conseguem mostrar-se superiores graças ao avanço tecnológico da sua raça. Escudos, potência e velocidade são alguns dos elementos que dão uma vantagem estratégica aos Protoss e se o jogador evoluir depressa estes elementos, os adversários vão deparar-se com um grande desafio de resistência.
Por sua vez, os Terran têm um grande suporte na força bruta. Se conseguirem criar armamento que rebente com tudo o que encontrem, é quase certo que não existe salvação possível para os adversários.
Basicamente, tudo vai depender da forma como o jogador aborda determinado desafio e também da sua forma de jogar. Há espaço para todos, só têm de encontrar a raça com que mais facilmente se identificam e é meio caminho andado para o sucesso.
Aquilo que o jogador terá acesso também não difere muito daquilo que já foi possível observar no primeiro jogo. Algumas unidades estão de regresso e outras foram modificadas ou removidas por completo para dar lugar a novas unidades. O manuseamento dessas unidades conseguiu alcançar outro nível de complexidade mas, por estranho que pareça, continua a ser bastante simples e intuitivo interagir com todas elas. Este é um dos pontos fortes de toda a saga, a simplicidade com que tudo se processa além de existir uma complexidade que dá uma profundidade fantástica ao jogo.
Há que dar os parabéns à Blizzard por mostrar como se faz um bom jogo não confundindo o jogador com conteúdos que são totalmente dispensáveis. Simples e limpo.
Mas se houve algo que em 12 anos evoluiu foi a tecnologia, e como tal novas oportunidades se abrem quando se trata de criar um videojogo visualmente belo e cheio de detalhe! As animações estão muito boas e toda e qualquer unidade deste jogo tem uma fluidez fantástica. A correr, a voar, a construir ou a serem construídos, tudo pode ser visto a acontecer à nossa frente de forma bastante pormenorizada.
Quando se trata dos Terran é possível ver todo o esforço que estes humanos fazem para erguer as estruturas que os vão ajudar a evoluir. Faíscas, metal que se contorce e retorce para dar forma e vida a unidades de fabrico de tanques, naves e armamento. Os Terran são também os únicos que precisam auxiliar a construção de todas as estruturas.
Já os Protoss usam uma tecnologia de ponta que “digitaliza” as unidades para determinado local de forma automática sem gastar recursos manuais dos elementos da nossa equipa. Assim que o tempo de “transferência” esteja terminado, uma estrutura surge como por magia.
Por fim, os Zerg são os que mais gozo dá a ver! Como são seres algo viscosos, a sua produção, seja das estruturas ou das unidades, é igualmente viscosa e gosmenta. Sempre que é feito um novo pedido de um desses conteúdos, os pequenos bichos iniciam um processo de gestão. Assim que termine, o casulo que rapidamente criaram, de forma igualmente rápida rebenta numa gosma esverdeada que dá lugar ao produto final. É escorregadio, pegajoso, lamacento e ao mesmo tempo espectacular!