Starhawk - Análise
Pelo chão, pelos ares, por todo o lado.
Assim que terminarem a campanha, vão julgar naturalmente que dominam todas as especificidades do jogo e estão prontos para eliminar os vossos semelhantes no modo multijogador. O quadro geral do jogo por onde poderão navegar oferece bastantes possibilidades, podem iniciar um jogo rápido, podem aceder às listas de jogos a decorrer, podem criar o vosso próprio jogo, escolher um modo cooperativo, aceder aos clãs, criar o vosso próprio clã, ver a tabela de líderes, aptidões, e até visitar o vosso planeta mãe, que varia se jogarem com os Rifters ou os Outcast.
Dentro dos modos disponíveis não há grandes novidades, captura de base, deathmatch e captura da bandeira. Mas este último é particularmente divertido, já que podemos construir uma verdadeira fortaleza a rodear a bandeira, aliás, este elemento de estratégia funciona lindamente com um mapa deste tipo, e foi a primeira vez que joguei algo do género. Construir paredes protetoras a rodear a bandeira, com torres de defesa a toda a volta por exemplo é muito eficaz.
A ação durante as partidas impressiona, e muito devido à facilidade que temos em alternar entre o combate terreno e aéreo, com vários tipos de veículos pelo meio. É impossível não gostar dos Hawk por exemplo, uma espécie de Transformer que se assemelha com o Estrela-estridente (starscream) para quem se lembra, e que é divertido de conduzir no solo, e imensamente divertido nos ares.
Depois temos veículos como a Starwing, uma mota que se movimenta a grande velocidade, O Razorback, um carro que conta com uma arma automática incorporada e que pode carregar até três pessoas, e finalmente o Tank OX, um monstro capaz de derrubar as maiores estruturas e dizimar grupos de inimigos. Estes veículos podem ser invocados dos ares utilizando a "rift energy" acumulada nos depósitos pelo mapa, e juntam-se a um número interessante de armas com vários propósitos que podemos utilizar normalmente quando estamos no terreno.
"O jogo é uma espécie de sucessor espiritual do título de 2007 Warhawk, e apesar de assentar na estrutura deste, oferece um conjunto de novidades que o elevam para outros patamares."
Quase me esquecia, durante as missões no espaço temos também acesso a uma espécie de jet pack, e o Hawk conta também com vários tipos de utensílios com fins distintos, desde misseis perseguidores, escudos, e até um sistema de camuflagem que nos permite entrar nas zonas inimigas sem sermos detetados. As possibilidades são imensas, e a ação está permanentemente a colocar-nos em situação de escolha, espero por mais energia? Construo já um Razorback? Espero até construir um Tank OX? Arrisco invadir o espaço aéreo inimigo? Percebem a ideia.
Outra opção que encontramos no quadro de jogo tem a ver claro está com a personalização. À medida que jogamos partidas vamos desbloqueando elementos que podemos utilizar para personalizar a personagem, mas também os veículos que invocamos. Existem elementos para a cabeça, tronco, braços pernas, pés, acessórios, e finalmente um símbolo que serve como bandeira e que fica colado nos nossos veículos.
Claro que também tenho alguns pontos negativos a apontar, começando pelo facto do jogo parecer promover muito mais um estilo de jogo defensivo. No caso da captura da bandeira nem tanto, porque temos mesmo que ir até ao outro lado buscar a bandeira inimiga, mas nos deathmatch, é muito mais vantajoso montar uma zona segura e esperar pelo inimigo, do que avançar cheio de coragem para atacar.
As partidas duram 15 minutos, e se ambas as "equipas" adotarem esta postura, passamos vários momentos sem ação, apenas tensão. No campo da gratificação Starhawk também poderia fazer mais pelos jogadores, ganhamos níveis automaticamente, e no final do dia, a nossa verdadeira motivação é subir na tabela de líderes apenas para melhorar os nossos "bragging rights", felizmente a experiência que ganhamos no final das partidas corresponde à nossa prestação durante o mapa.