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Steel Diver: Sub Wars - Antevisão

Leões Marinhos.

Durante a recente Nintendo Direct de 13 de Fevereiro, Iwata anunciou que no dia imediatamente após ao evento, Steel Diver: Sub Wars, um jogo de natureza "free-to-play" estaria disponível para descarga a partir da eShop da Nintendo 3DS. Tem sido um hábito da companhia nipónica, durante as suas transmissões em directo, revelar algumas surpresas, reforçando deste modo a relevância do evento. Na verdade, Steel Diver: Sub Wars constituiu uma dessas surpresas e tornou-se num título para a 3DS de imediato destaque. Um jogo de conteúdo gratuito que pode ser experimentado por qualquer proprietário de uma Nintendo 3DS

Indo ao encontro deste jogo, rapidamente dedilhamos pelas extensas cordas da memória até ao lançamento da 3DS e à sua inicial fornada de jogos onde se encontrava Steel Diver, um jogo assente sobre um conceito com algumas semelhanças com Sub Wars, mas dotado de uma perspectiva de jogo bidimensional que balizava a experiência noutros moldes. Embora não fosse um jogo marcante, conservou particularidades que voltam a ser aproveitadas em Sub Wars, sendo que a maior alteração é a perspectiva tridimensional capaz de oferecer um outro grau de envolvência aos combates.

Ao afundarem frotas e outros submarinos podem ganhar alguns bónus como caixas reparadoras de danos no submarino.

Mas para lá da central experiência de jogo a que voltaremos, não deixa de ser curioso verificar que Sub Wars é a primeira cartada da Nintendo no modelo "free to play"; um jogo gratuito que começa por oferecer apenas uma porção jogável, levando o seu utilizador, se quiser desfrutar da experiência plena e ter acesso a mais conteúdos, a ter de pagar por isso. Há quem veja neste lançamento um passo dado pela Nintendo em trajectória oposta a um certo conservadorismo e tradição ainda dominante dentro da corporação. Porém, a revigoração das ofertas de conteúdos digitais por intermédio da eShop e a implementação de DLC's nalgumas das suas franquias como Pikmin 3 e New Super Mario Bros, são sinais anteriores reveladores de de um percurso menos fechado, pelo que o efeito novidade deste modelo no âmbito negocial da Nintendo não é assim tão surpreendente.

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Indo ao encontro da experiência proporcionada por este invulgar simulador de combate de submarinos (chamemos-lhes assim devido às condições realistas que tendem a dominar a jogabilidade), o primeiro apontamento a salientar é a existência de um modo individual e de um outro para vários jogadores. Prevenindo alguma confusão oriunda dos vários elementos que compõem o posto de comando num contacto inicial, os produtores acrescentaram um "tutorial" que perpassa todas as acções passíveis de controlo. Operações básicas e simples, mas que quase sempre requerem um poder de antecipação muito grande no quadro de batalha.

A perseguição aos adversários até se conseguir segurar o alvo pode ser complicada.

Uma particularidade interessante nesta adaptação para a 3DS é que o ecrã táctil é utilizado como centro de comandos, onde vemos logo ao meio o grande sonar com que podemos identificar os inimigos, encontrando-se do seu lado direito a alavanca que opera a velocidade das turbinas e uma outra, do lado esquerdo, para fazer emergir ou submergir o aparelho. Existem também dois grampos que podem ser rodados de forma a mudar a direcção do submarino. O sistema de comandos possui ainda um conjunto de botões que permitem o disparo de torpedos, a arma mais relevante no ataque aos adversários. Mas como este é um jogo apontado sobretudo ao "multiplayer" a funcionalidade mais curiosa neste âmbito é a utilização do código morse como forma de estabelecer contacto com os colegas. A emissão dos bips sonoros é extremamente fácil, embora por força das circunstâncias da batalha seja imperativo recorrer a palavras-chave e expressões curtas, como SOS, caso se encontrem flanqueados e não queiram ser atingidos num ápice.

O principal objectivo nestas campanhas militares passa por destruir os submarinos adversários e eliminar as frotas existentes. Batalhas que se travam quase sempre num processo lento mas muito emotivo. A perspectiva na primeira pessoa acrescenta mais alguma imersão e envolvência às batalhas, cuja aspecto realista é reforçado por uma construção tridimensional. Apesar do seu minimalismo torna-se eficiente quanto ao propósito e num ritmo de fotogramas por segundo bastante consistente.

Por 9,99 euros adquirem mais 18 diferentes submarinos e cinco adicionais missões individuais, podendo ainda comprar através da loja submarinos históricos a 1 euro. Steel Diver Sub Wars parece remover a sensação de desapontamento provocada por Steel Diver. Envolvente e muito mecanizado, ganha destaque pela natureza particular dos combates. É o primeiro jogo free-to-play para a Nintendo 3DS.

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