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Super Street Fighter IV

Yes we ken!

Quanto aos Exile, que para o bem ou para o mal marcaram o ritmo musical de entrada, foram definitivamente exilados. A musicalidade escolhida em alternativa é imediatamente familiar e não tardará até que percorram as opções que vos remetem para o néctar do jogo; os combates em rede, organizados a partir de novos esquemas altamente orientados para pôr em despique uma sala de amigos, todos em cavaqueira durante o combate. Lá iremos.

Introduzindo dez novas personagens à lista de 25 do jogo anterior, Super Street Fighter IV cota-se como o jogo mais completo e alargado da série, envergando distintas opções de combate. Nesse ensejo a equipa de Ono compreendeu que não faria sentido aditar novos lutadores com estilos de combate semelhantes ao de outras personagens. Por isso Juri (coreana mestre na técnica Tae-Kwon-Do) e Hakan (turco praticante de wrestling e besuntado em óleo) são tão fascinantes. Ambos detêm estilos de combate absolutamente únicos que em conjugação com as sete personagens recuperadas dos jogos anteriores atingem um sentido de redescoberta e adaptação verdadeiramente encorajador.

Não só Juri e Hakan funcionam como uma incrível descoberta como as personagens recuperadas polinizam os combates pela diversidade de técnicas à disposição. Dudley é o novo rival de Balrog, Makoto continua lenta na movimentação mas muito ágil e eficaz nos golpes, T-Hawk é o novo contendor mestre nos “grabs” e voos picados, estando Guy e Cody no topo dos favoritos de muitos utilizadores. Em suma, estas personagens obrigam a um sentido de readaptação ao próprio estilo já que a transição para o esquema de combate de SF IV obrigou a pequenas nuances.

Contudo os produtores foram ao cerne do esquema de combate e mexeram nos danos causados pelas personagens ao ponto de os cingir e limitar sobretudo no tocante aos ultras de Ryu e Sagat que desequilibravam em pouco tempo. Continuam as personagens mais fortes que outras, mas a limitação generalizada dos danos alarga a competição e prolonga o combate com boas chances de recuperação até à ponta final. À medida que SF IV foi explorado muitos jogadores adoptaram uma táctica mais defensiva, bloqueando golpes e esperando por um momento permeável do adversário para aplicar um ultra que fecharia a partida.

Agora o jogo defensivo e alicerçado no contra-ataque colhe mais problemas que vantagens. O “timming” dos “inputs” é o mesmo, mas privilegia-se quem parte para cima do adversário e tenta encostá-lo para fechar o jogo através das tão conhecidas “corner traps”. Igualmente importante é a introdução de um novo ultra para cada personagem, havendo uma alternativa cada vez que se parte para o confronto. O processo de animação é inteiramente novo e sempre épico como o novo “dragon punch” de Ryu, dando a sensação de quebra total dos ossos do queixo dos adversários. Novos “tauns” foram aditados e aqui o destaque vai mesmo para Guile quando coloca os seus Ray Ban.

Com as roupas alternativas um Yoga Catastrophe terá outro carisma.

No que respeita aos cenários as quatro novas arenas exalam cor e animação pelos poros, bem à semelhança das arenas do jogo anterior, sendo sobretudo localizações agradáveis que continuam a integrar bastante humor produzido pelos espectadores em delírio com tantos golpes e pela forma como o cenário pode ser destruído nalguns pontos dada a fúria posta no combate.

Super Street Fighter IV orienta-se sobretudo para o “multiplayer”, mas antes disso poderão sempre escalar até ao topo da montanha, que é dizer ganhar o modo arcade vencendo os rivais controlados pelo computador que surgem pelo caminho, dando assim seguimento à história de cada uma das personagens através de um conjunto de cenas animadas como acontecera em SF IV. A recuperação dos níveis de bónus, interpolados na escala de progressão até ao derradeiro combate encaixam um pé de nostalgia. Encontrar-se-ão a debater dentro de um tempo limite para reduzir a escombros um novinho automóvel (car-smashing) e uma série de pipas que tombam numa adega. De resto podem optar que vos desafiem a qualquer altura para um confronto em rede, sendo preferível desligar a opção se quiserem concluir o jogo de enfiada.