Supreme Commander 2
Autonomia e comando.
A gestão dos recursos é algo que está mais simplificado e muito menos exigente. A preocupação com a energia, com a Mass (vital para a construção das unidades e infra-estruturas) ficou para segundo plano. É também bem evidente a maior autonomia das nossas unidades, sejam os engenheiros ou as bélicas. Basta criar movimentos de patrulha para observar o nosso exército a trabalhar sozinho, seja a efectuar manutenção, abater inimigos e até recolher o Mass deixado pelas unidades destruídas.
Todo este facilitismo cria uma sensação de que não somos nós a controlar toda a acção, como se existisse alguém a jogar connosco cooperativamente. É certo que as unidades ao nosso dispor são às centenas, e que a confusão é por vezes épica, mas os jogadores mais exigentes e conhecedores podem achar que algo não encaixa, devido ao simplificar de procedimentos e retirar muita da responsabilidade ao jogador.
O modo campanha de Supreme Commander 2 é um autêntico fracasso, devido à facilidade, uma história mal contada, missões desprovidas de interesse e com cut-scenes a roçar a banalidade. O mesmo não se passa quando jogamos contra oponentes humanos, com muita experiência e habilidade. Nem vou referir as vezes que fui humilhado online, principalmente nas primeiras vezes que joguei. Tudo depende do entendimento que temos do jogo, saber gerir os recursos, fazer os upgrades e pesquisas no momento certo, e sobretudo delinear uma estratégia inicial que nos capacite para enfrentar o adversário de peito aberto. Há que criar receio no oponente, pois somos facilmente devorados em pleno campo de batalha se demonstra-mos as nossas debilidades.
É no multiplayer que Supreme Commander 2 demonstra alguma qualidade. Os modos disponíveis são apenas dois, Skirmish contra a IA e Jogador contra Jogador onde podemos adicionar IA e vários oponentes ao mesmo tempo. É de facto online que o potencial é revelado, ficando o modo campanha apenas para nos familiarizarmos com o jogo, unidades, upgrades e jogabilidade.
Visualmente estamos perante um jogo muito débil, com fracas texturas, unidades pouco detalhadas, terreno de jogo muito “despido” e um trabalho artístico duvidoso. O lado positivo desta apresentação visual está relacionado com a pouca exigência em termos de hardware, ficando acessível a um vasto número de jogadores. Mas nos dias que correm já não é aceitável um grafismo deste género, datado e muito primário.
Este Supreme Commander 2 convida mais para a acção, onde tenta criar uma maior sensação de satisfação no jogador sem a exigência do título original. É divertido, viciante, acessível e fácil de jogar, ideal para jogadores menos conhecedores, mas também suficientemente bom para os veteranos da estratégia em tempo real.