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Swords and Soldiers II - Análise

Danados para o combate.

Humorístico, desafiante e divertido. Com vinkings destes vamos até ao fim do mundo, sem descobrir nada de novo, mas bem acompanhados.

Os vinkings continuam a fazer mossa, e a refastelarem-se em grandes banquetes, regando a goela com vinhos de rara espécie e comendo até mais não. O que não dispensam mesmo é o uso do machado de guerra. Em novos combates e sempre apoiados por um numeroso exército do qual emerge o seu chefe Redbeard, partem mais uma vez à conquista do mundo, enfrentando diferentes exércitos e facções; os persas e uma nova categoria composta pelos demónios. Este é mais uma vez o desejo da holandesa Ronimo Games, que começou por fazer da Nintendo Wii U uma primeira paragem - obrigatória - neste longo périplo que mais uma vez se oferece aos vikings. Se jogaram o primeiro capítulo da série - Swords and Soldiers -, não terão quaisquer dificuldades na adaptação à sequela. Os mandamentos do jogo são na sua maioria idênticos, embora com uma margem maior de soluções.

Aliás, o que torna este jogo divertido, é que mesmo tendo uma estrutura de estratégia, não é tão complexo como outras produções do tipo World of Warcraft ou Total War. É uma espécie de versão arcade dos jogos de estratégia, no qual facilmente gerimos as nossas unidades e opções durante as missões, através do ecrã táctil do Gamepad ou por via dos botões, sem descurar desafio e dificuldade. Torna-se por isso numa experiência mais cómoda, abreviada e acessível, removendo alguns dos obstáculos que tornam as experiências mais morosas e um autêntico sorvedouro de tempo. Aqui, a estrutura das missões permite curtos períodos de jogo, concentrados em batalhas e objectivos que promovem acções de grande intensidade e destreza mental, tudo isto emoldurado num belo design e proveitoso registo humorístico.

Nas facções, os demónios representam tudo aquilo que podemos esperar de criaturas vis: desde criaturas-bomba (rolam sobre pipos repletos de explosivos), até criaturas rastejantes, oriundas de locais infernais e cavernas, organizam-se com recurso a diferentes métodos. Já os persas, habituados ao calor e areia do deserto, seguem caminhos mais misteriosos. Conhecedores das mais belas técnicas arquitectónicas, projectam edifícios e estruturas descomunais, servindo-se ainda das artes mágicas para encontrar uma saída ou uma solução perante as mais diversas situações.

A acção desenrola-se da esquerda para a direita, através de uma linha em "scroll horizontal" que podemos percorrer usando o analógico direito, por forma a verificar o que acontece noutros pontos da área. A partir do momento que o exército entra em confronto a batalha toma lugar automaticamente, embora tenhamos algumas opções à disposição como a investida sobre alguns inimigos, usando ataques poderosos ou golpes especiais de um combatente viking. A formação de um exército mais poderoso depende dos recursos obtidos, nomeadamente o ouro, maioritariamente disponível nas cavernas controladas pelos demónios.

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Com recursos não só obtemos mais poderes (por via do aumento de manã, oriundo de construções que possibilitam um incremento do contador) como podemos "fabricar" mais soldados, enfrentando vagas maiores e mais poderosas de inimigos. O resultado é um combate cada vez mais caótico e frenético. Se a isso juntarmos os múltiplos objectivos por missão, encontramos um desafio bastante exigente mas nunca frustrante, sempre com novas opções à disposição. Muitas vezes a dificuldade está em tomar as decisões correctas no pouco tempo disponível. Basta uma opção menos acertada para perigar imediatamente a missão, terminando assim que a base de uma facção em confronto seja derrubada.

Swords and Soldiers 2 mantém a estrutura refrescante que fez do original um jogo muito apreciado pelos jogadores e globalmente apreciado pela crítica. Sem um modo online com opções para multiplayer a nível local, não deixa de contornar uma experiência algo limitada, mas mesmo assim bastante divertida, desafiante, com bom humor e um design apelativo e sólido. Vale pela estrutura menos complexa da gestão e pelo ritmo elevado da acção, obrigando a uma tomada de decisões muito rápidas.

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