Tekken 6
Punho de ferro enferrujado.
Quem não se lembra de Tekken nas arcadas? Pois é, foi há quinze anos e lembro-me muito bem, já que gastei muitas moedinhas nessas máquinas viciantes. Para a sorte da minha carteira, Tekken saiu em 1995 para a primeira consola da Sony, assim como Tekken 2 (1996) e Tekken 3 (1998), este último teve críticas muito positivas, chegando a ser considerado o melhor jogo de luta para a 32 bits da Sony. Em 2000 saiu Tekken Tag Tournament para a Playstation 2, era uma actualização de Tekken 3 com melhores gráficos, inumeras personagens e o modo Tag que não foi adicionado em mais nenhum jogo da série. Tekken 4 em 2002 e Tekken 5 em 2005 não sofreram grandes alterações, mas mesmo assim, fizeram jus a esta série de sucesso.
Tekken Dark Ressurection foi a primeira entrada da série na actual geração de consolas, considerado por muitos um Tekken 5.5 que apenas serviu para atenuar o longo tempo de espera por um novo jogo. Apesar de saírem vários jogos de luta, Tekken 6 é um dos mais esperados, quiçá até o mais esperado este ano. Este é o primeiro jogo feito de raiz para as consolas desta geração, Xbox 360 e PS3, estando os fãs à espera de muitas novidades, e sobretudo, de um jogo com qualidade. Não poderia deixar de fazer referência à publicação deste título na consola da Microsoft, abrindo novos horizontes e oportunidades a uma série que muitos apelidavam de "exclusivo" Sony. Sinais do tempo...
Em Tekken 6, o que salta logo à vista, são os menus bem refinados e simples, mas nada de extraordinário, no ecrã temos em “exposição” a nossa personagem escolhida como "favorita", e o cenário que mais gostamos ficará como pano de fundo. No nosso lado direito temos uma quadro em que nos é apresentado o nome da personagem que usamos no momento e seus respectivos dados estatísticos (número de vitórias, número de derrotas e o valor percentual), a imagem da personagem principal e o seu respectivo nível de lutador, o dinheiro ganho nas lutas e o relatório de todas as alterações de nível em todos os lutadores.
Onde o jogo se torna uma decepção é nos modos de jogo, aqui a Namco poderia ter inovado, criando algo de novo, a introdução de alguns minis-jogos como no Tekken 3, e até a opção Tag, eram uma boa solução para manter a chama viva. Continua tudo na mesma, com muitos modos para single ou multiplayer. Um desses modos é o Ghost Battle para apenas um jogador, combatemos continuamente até obter o mais alto nível de lutador. Para combates simples um contra um temos o Battle Mode, depois vem Team Battle onde podemos criar uma equipa até 8 personagens e jogar contra um amigo ou CPU. Em Time Attack, temos um tempo limite para derrubar os adversários, finalmente e para aqueles que pensam que são como John Rambo, têm o modo Survival, o objectivo é eliminar os adversários um após outro, com apenas uma barra de energia. O modo online baseia-se em combates para o Ranking ou apenas uma luta normal, este modo de jogo é bastante útil para aprender estratégias e aprimorar a arte de lutar.
Scenario Campaign, se vocês se lembram, é o mesmo modo usado em anteriores jogos da série, o Tekken Force infelizmente aqui também pouco mudou. O grafismo e os cenários são pobres, inimigos repetitivos e controlar a personagem torna-se num filme de terror. A única novidade é a possibilidade de poder apanhar armas e disparar contra os inimigos. É muito maçador jogar este modo, e imaginem agora terem que percorrer de novo todo o trajecto após terem sido eliminados pelo Boss, simplesmente horrível.
Este modo de jogo, Scenario Campaign, é introduzido com a apresentação da história de Tekken, através de um vídeo ao bom estilo Anime, baseada apenas na família Mishima. Uma das novas personagens do jogo, Lars Alexandersson, vai infiltrar-se na empresa Mishima Zaibatsu acompanhado de Alisa Bosconovitch, outra nova personagem. Este modo até tem os seu pontos positivos, podemos amealhar dinheiro e itens ao longo da campanha, e temos a opção de participar em The King of Iron Fist Tournament, que serve para desbloquear a história e vídeo final de cada personagem.