Tekken 8 faz da brutalidade a palavra de ordem
Mais frenético e ainda mais imediato.
Recentemente, tivemos a oportunidade de jogar Tekken 8 durante mais de três horas, e depois de duas betas, estamos prontos para olhar para ele como o mais empolgante jogo da série desde Tekken 5. É uma grande responsabilidade, mas acreditamos que a Bandai Namco está posicionada para o conseguir.
Isto porque passamos 3 horas a jogar conteúdo offline, o conteúdo que ainda hoje continua a apaixonar uma grande parte da comunidade Tekken e gostamos mesmo muito daquilo que jogamos. Tekken é uma grande paixão, eletricidade em forma de combates 3D que exigem reflexos rápidos, um bom conhecimento das personagens, mecânicas e combos para ir além do martelar de botões.
Com gráficos espetaculares e um ritmo de combate ainda mais elevado, Tekken 8 poderá ser um título fascinante, um jogo capaz de conquistar mais facilmente os novatos que querem diversão imediata, mas ainda assim transmitir maior sensação de gratificação a quem lhe dedica o tempo.
Joguei com todas as personagens novas, passei algum tempo no Practice para descobrir o quão fácil é executar combos vistosos e fáceis com elas, mas também percebi que, como deve ser, somente ao repetir incessantemente os seus melhores movimentos é que conseguirás ter total perceção do seu potencial, das melhores formas de os usar e dos timings. Victor em particular é uma personagem eletrizante.
Pontos positivos
- Qualidade gráfica
- Tempo dos loadings
- Novas personagens
- Combos acessíveis e espetaculares
- Gameplay super frenético
- Possibilidade de personalizar a música
- Modo Story
- Modo Arcade Quest
- Banda Sonora
Tekken 8 está bem apetrechado em conteúdo offline
Esta sessão de três horas com Tekken 8 serviu para descobrir o modo Story, versus offline, Arcade Quest e mais cenários, o que nos deixou altamente empolgados com o que a equipa na Bandai Namco está a procurar para esta nova era da sua popular série. Arriscar a mexer na dinâmica ou velocidade dos combates poderá ser um desastre, mas o objetivo é um delicado equilíbrio para preservar a essência da série, mas ainda assim despoletar uma nova descarga de eletricidade.
O Modo Story segue de perto o que viste em Tekken 7, mas melhorado e refinado. Com o Unreal Engine 5 a permitir uma qualidade gráfica fenomenal (vi o jogo a correr em tempo real numa TV de 90 polegadas e fiquei boquiaberto), o dinamismo alcançado com os cenários, efeitos de luz e a incrível quantidade de detalhes nas personagens é espetacular. Se jogaste as betas sabes o que esperar, personagens com grande detalhe, que ficam a transpirar com o decorrer dos combates e uma elevada velocidade de movimentos.
A melhor forma de ver tudo isto é no Modo Story, pois usa o motor de jogo para cenas não interativas que transitam quase instantaneamente para gameplay de forma impressionante. O nível de detalhe geral é muito bom e a sensação de um filme interativo é alcançada com maior engenho. Existem ocasionais momentos nos quais tens de pressionar no botão para ativar uma ação a meio do "filme" e as transições para combate estão mais fluídas.
Apenas joguei 4 capítulos do Story Mode e é tudo o que esperas de Tekken, exagerado, vistoso e capaz de te deixar repleto de adrenalina para combater. A Guerra Mundial anunciada por Kazuya Mishima apenas poderá encerrar com a sua derrota às mãos do filho Jin, mas a Bandai Namco decidiu encarar de forma diferente o lado maléfico do protagonista principal. Não vou revelar nada do que acontece, mas espera personagens inesperadas e acontecimentos loucos.
O gameplay super frenético, com combos fáceis de executar (mesmo com o esquema de controlo clássico) ajuda a sentir que a Bandai Namco quer um jogo mais focado no ataque, com combates que terminam rapidamente. Podes não gostar, mas é a essência de Tekken afinada para uma nova dose de eletricidade. O Modo Arcade Quest também permite sentir isso, uma narrativa singleplayer na qual a equipa olha de forma especial para a cena das arcadas.
Apenas joguei um capítulo e parece uma carta de amor, com alguma sátira e humor à mistura, a todos os que sentem os jogos de luta através das arcadas. Poderás sentir que Katsuhiro Harada está a deixar algumas mensagens à comunidade, mas é impossível não sentir que o enredo está no ponto e é pertinente com as alfinetadas. Aqui crias um avatar para passear por salões arcada e entras em combates com as personagens do jogo. O teu Avatar é um apaixonado pela série que começa a jogar Tekken 8 nas arcadas.
Este foi o segundo modo principal singleplayer que tive a oportunidade de experimentar e trata-se de uma forma diferente de olhar para a essência do que é Tekken, diferente do Story.
Tenho ainda de referir que podes personalizar toda a banda sonora do jogo. Com todas as bandas sonoras das versões arcada de todos os jogos da série, podes colocar uma música de Tekken Tag 2 no menu de seleção de lutadores, escolher Moonlit Wilderness como música do menu e até escolher músicas dos clássicos para tocar nos novos cenários. A banda sonora de Tekken 8 está muito boa, mas é um grande extra poder personalizá-la com os clássicos.
Este primeiro contacto com Tekken 8 deixou-me com um grande sorriso na face e acredito que a maioria dos fãs também vai ficar assim. Mesmo que o sistema de combate esteja mais focado na brutalidade para tornar ainda mais intensas as partidas, que podem acabar muito rápido, ainda há espaço para estratégia e continua a recompensar quem investe o seu tempo.
Quem vai além do martelar de botões permanecerá com a vantagem e esta sessão com o jogo reforçou essa sensação, que sempre se aplicou aos jogos da série Tekken. Apesar das boas impressões, existem pontos a ter em conta.
Pontos a ter em conta
- Não foi possível testar modo online
- Ficaram alguns modos por experimentar
Neste contacto com Tekken 8 não foi possível experimentar o modo online e por isso mesmo não nos é possível falar de uma das mais importantes componentes do jogo. Para muitos jogadores, jogar offline representa quase 100% do tempo passado com os seus jogos, mas para outros tantos esta faceta serve para prolongar o tempo de vida dos jogos Tekken.
Ainda ficaram alguns modos por experimentar e um deles despertou imenso a minha curiosidade. Estava ali disponível no menu, mas não foi possível experimentar e nem sequer vamos referir o nome pois não está nos conteúdos dos quais podemos falar. É um modo offline e que promete ajudar a prolongar a diversão para quem aposta em Tekken desta forma. É especialmente intrigante pois assume um tom clássico que poderá conquistar muitos jogadores.
Após duas betas e 3 horas a jogar uma versão de Tekken 8 que está próxima da final, fica a ideia que é um título com potencial para ir além de Tekken 7. A equipa na Bandai Namco pegou na essência de Tekken e injetou-lhe uma maior velocidade para reforçar o gameplay de risco vs recompensa. Há espaço para estratégia e pensar, mas é a arte de dominar estratégia com pensamento rápido, alcançado através da dedicação para aprender os personagens, que continuará a fazer a diferença.