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The Last of Us deveria ser mais sombrio, diz codiretor

Straley diz que aumentaria muito mais a tensão.

The Last of Us foi lançado em 2013 pela Naughty Dog e conquistou a aclamação mundial pela sua abordagem ao conceito do apocalipse zombie. Mais focado nas personagens, num constante equilíbrio entre frágil otimismo e iminente trauma, o jogo marcou pela abordagem à história, personagens e como o gameplay foi moldado em torno desses valores.

Com a chegada da série HBO Max, o mundo despertou para The Last of Us e mesmo quem nunca jogou o jogo está a descobrir esse mundo cruel, marcado por uma sempre presente pequena dose de esperança por um dia melhor.

Isto também está a incentivar novas conversas com os criadores do universo e Bruce Straley, que criou The Last of Us ao lado de Neil Druckmann, confessou que se fosse hoje, teria apostado num jogo mais sombrio e tenso.

Em conversa com o LA Times, na qual lamenta nem sequer mencionarem o seu nome nos créditos da série, Straley diz que a pandemia COVID-19 lhe mostrou que se fosse hoje, tornaria The Last of Us ainda mais sombrio e tenso.

"Não fomos reais o suficiente sobre o nível de ansiedade e tensão que todas as personagens teriam naquele mundo," disse o codiretor do jogo The Last of Us.

"Se voltares aos primeiros dias da pandemia, nem sequer estamos a falar sobre infetados que te entram pela janela da frente e te comem a cara, somente pelas notícias que existe a possibilidade de ficares gravemente doente, possivelmente morrer com este vírus, há imenso trauma ao viver isso e penso que o mundo de The Last of Us teria muitos mais personagens quebrados."

"Penso que as pessoas se aguentaram muito bem tendo em conta o mundo onde as colocamos, comparado com o que agora sei sobre passar por uma pandemia."

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