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The Legend of Zelda: Skyward Sword

Link de raiz na Wii.

Certo que face às limitações da consola muitos podem aclamar que a Nintendo não tinha outra hipótese senão esta para dar um ar fresco e actual ao jogo mas também é certo que o faz envergando trajes de mestre e apenas vimos uma pequena área do jogo. O mesmo pode ser dito da jogabilidade que sendo um elemento aclamado e que se espera familiar, numa sequela na qual não existe evolução a nível de plataforma que a recebe, cabe à mente dos criadores evocar novos elementos na jogabilidade e novas formas de interagir com as ferramentas características.

Com a sua nova postura, a Nintendo parece cada vez mais disposta a lançar as suas míticas séries com a filosofia que todos os fãs de sempre devem ficar satisfeitos mas ao mesmo tempo todos os novatos se devem sentir bem-vindos. Skyward Sword parece ser um exemplo evidente disso mesmo. A jogabilidade base da série mantém-se mas novas mecânicas e novos elementos foram introduzidos, especialmente no que diz respeito ao uso de itens e armas, patrocinados pela inclusão do MotionPlus e pelo facto de estarmos perante um produto pensado de raiz para a consola que o recebe.

A Nintendo optou por uma direcção artística que relembra uma autêntica aguarela.

A melhor compreensão da tecnologia à disposição permite não só que movimentos normais como o ataque com a espada, ou o uso do escudo, se tornem mais intuitivos e fluídos mas ao mesmo tempo torna tal num desafio pois temos que aprender novos hábitos tanto pelo timing visto que agora temos a necessidade de atacar tanto na vertical ou na horizontal em jeito ritmado por força da posição dos adversários. O jogador é desafiado a ganhar ritmo e atenção aos movimentos dos inimigos e até o uso do escudo via Nunchuck nos leva a recriar fielmente o movimento que Link executa virtualmente.

A precisão dos nossos movimentos e a sua rápida execução no ecrã é muito maior e tal é patrocinado pelo MotionPlus mas todos os novos itens e as novas aplicações demonstram um claro uso de criatividade tanto por parte da equipa do jogo como por parte de outras equipas na Nintendo que partilham informações. Enquanto que o uso do arco é altamente preciso e nos relembra Wii Sports Resort, também o uso das bombas agora nos faz lembrar outros produtos Wii pois podemos mandar as bombas como se fossem bolas de bowling ou então atirar como se fossem bolas de basquetebol. Uma outra novidade interessante é um item que é uma espécie de besouro mecânico voador que Link atira e depois podemos controlar para recolher itens aos quais não teríamos acesso de outra forma. É todo um novo aproveitar de mecânicas que por esta altura já são bem conhecidas e poderiam começar a cansa caso deixadas ao desmazelo.

Wii+Zelda+MotionPlus = entusiasmo!

Todas as novidades e melhorias na jogabilidade parecem ter tornado a fórmula mais intuitiva e fluída acima de qualquer outro título da série lançado até à data. O compromisso para com os fãs é feito pelo que parece ser um efeito nostalgia imediato tendo como aliado uma nova história e um novo mundo enquanto que os novos fãs também parecem ter muito com que ficar entusiasmados pois The Legend of Zelda está a ser melhorado a pensar neles, e nos que ainda não são fãs, pois Skyward Sword pretende ser difícil onde deve e acessível onde é preciso.

Para os fãs de qualquer série, e em especial para as míticas e lendárias como esta, existe sempre a procura de um meio termo entre a novidade e a preservação de aspectos característicos comuns em cada um. Mais uma vez a Nintendo parece preparada para encontrar esse meio termo e usa a sua criatividade artística para mais uma vez nos deixar em verdadeiro estado de ansiedade, especialmente para os fãs de Link e dos seus mundos e histórias.

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