The Witcher 2: Assassins of Kings
The witcher Geralt está de volta.
Quando The Witcher foi lançado em 2007, os críticos e jogadores foram praticamente unânimes em aplaudir a utilização de uma narrativa personalizada, madura e alicerçada num inteligente sistema de escolha/consequência, em conjunto com um mundo pormenorizado cujo realismo transmitia a sensação de estar vivo. Quatro anos depois, a expectativa não poderia estar mais alta quando a CD Projekt Red se prepara para uma sequela construída a partir dos pilares do seu predecessor.
Apesar de ser essencialmente um RPG de ação, a narrativa continua a ser um dos pontos fortes do jogo. The Witcher 2: Assassins of Kings contará com três cenas de abertura diferentes, e nada mais nada menos que dezasseis possíveis finais conjugados com mais de 150 minutos de cutscenes. Além da história principal, contem com variadíssimas sidequests, imensos npcs com quem podemos interagir, e cujas relações vão evoluindo durante a aventura conforme as decisões que tomarmos. A versão a que tivemos acesso está praticamente acabada, apenas com alguns presumíveis menus em falta já que por exemplo, não conseguíamos mudar os controles do jogo. Se tudo correr bem The Witcher 2: Assassins of Kings estará mesmo disponível no próximo dia 17 de Maio.
O jogo começa após os eventos do seu antecessor continuando a história de Geralt, um "witcher" especialista na arte de exterminar criaturas sobrenaturais. Começamos numa pequena cela algemados, completamente desarmados e vulneráveis, juntamente connosco estão dois guardas com um divertido sotaque Britânico, obcecados em discutir um com o outro. Após alguns eventos somos levados para uma sala para ser interrogados por um homem de nome Vernon que nos "convence" a explicar os eventos que levaram à nossa prisão.
Não vamos estragar a surpresa explicando estes eventos, mas eles são jogáveis na ordem que o jogador desejar e contam assim a história de uma forma retrospetiva. Estes funcionam como uma espécie de tutorial, com umas pequenas janelas que explicam os comandos do jogo, permitindo que o jogador salte rapidamente para a ação aprendendo jogando. Aborrecido parece não fazer parte do dicionário de The Witcher 2, já que no final destes eventos teremos tido uma cena erótica com uma bela mulher, invadido uma torre repleta de guardas, assaltado uma cidade, e escapado das chamas de um Dragão enorme. Prometedor é a palavra adequada.
O combate está diferente do primeiro título da série. Aliás foi este o aspeto de gameplay que mais mudou em relação ao seu antecessor, abandonando a tradicional mudança de stances do primeiro jogo, por um sistema mais livre e fluido típico dos jogos de ação na terceira pessoa. O combate funciona agora num estilo mais "hack and slash" num modo carnificina, onde distribuímos golpes indiscriminados com a espada, alternados com algumas ondas mágicas para derrubar os adversários. Em termos básicos o botão direito do rato faz um ataque lento e poderoso e o lado esquerdo um ataque mais simples mas rápido, é possível fazer várias séries de ataques combinando os dois botões. Esperem todo tipo de criatura e demónios durante a aventura para aplicar a vossa justiça indiscriminadamente. Podemos escolher entre três especializações à medida que subimos de nível e ganhamos talentos, elas são magia, espadas e alquimia, apenas experimentamos o caminho da espada ficando um olhar mais cuidado de todos para uma análise futura.
Graficamente o jogo está fantástico, na resolução máxima e em modo ultra vemos o reflexo da luz nos objetos a mudar conforme a nossa posição, os ambientes envolventes com uma vegetação muito variada, e essencialmente nota-se uma atenção muito grande ao pormenor, claro que tudo isto vai requerer uma máquina bem "apetrechada". As animações das personagens estão muito bem conseguidas, as vozes dos npc são distintas e bem representadas, notam-se algumas expressões faciais a mudar de forma dinâmica conforme os nossos diálogos, algo que saliento é muito difícil de animar mesmo com a tecnologia atual.
Existe algum efeito "novela mexicana", mas queria evitar entrar em juízos injustos numa antevisão. A equipa de desenvolvimento de The Witcher 2 revelou tem feito esforços para encontrar formas de no futuro, trazer o jogo para a atual geração de consolas. Mas afirmou ainda que não hesitará em abandonar essa ideia se o atual hardware não conseguir dar ao jogo a fidelidade gráfica que ele merece. Para já teremos que nos contentar com a versão para PC.
As quests são dinâmicas e começam assim que nos aproximamos de uma determinada área ou npc, os diálogos que escolhemos têm uma influência direta na história e na forma como interagimos com os npcs durante o jogo. Podemos escolher a típica via pacifica versus via agressiva. Podemos completar quests de uma forma mais silenciosa ou pelo contrário de um modo mais "afirmativo". The witcher 2: Assassins of Kings conta ainda com um sistema de crafting que levará frequentemente o jogador a perseguir materiais raros e quests particulares, centenas de armas, bombas, armadilhas, poções, óleos, ervas, entre outros, e por último um conjunto de mini jogos como Dice poker, Fist fighting e Arm wrestling.
A remodelação do gameplay de combate, o aspeto visual impressionante, a história dinâmica com um tom negro e o imenso número de opções á disposição do jogador, aumenta uma expectativa que já era grande pela versão final de The Witcher 2. Por cá mal podemos esperar.
The Witcher 2: Assassins of Kings será lançado para PC no dia 17 de maio.